Quais são as causas de doenças no coração?
Por: Harry Correa Filho - Médico Cardiologista - CRM/SC 4101 RQE 1132
Publicado em 16/06/2017 - Atualizado 08/02/2019
São várias as causas de doenças no coração que favorecem o surgimento de problemas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o infarto. A maior parte delas pode ser evitada com uma alimentação correta, a prática de atividades físicas e o combate à obesidade. Mas é preciso haver interesse em preservar a própria saúde. Caso essa seja a sua vontade, continue lendo. Abaixo, há uma lista em que estão relacionados os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas e a melhor forma de contorná-los.
Principais causas de doenças no coração
Colesterol elevado
O nível de colesterol aumenta à medida que grande parte da alimentação é composta por produtos que contém gorduras nocivas ao organismo. Diminuir o consumo desse tipo de alimento reduz o risco de ocorrer um infarto do miocárdio, por exemplo. Uma forma de fazer isso é usar azeites naturais, como o de oliva, no preparo das refeições, e trocar a manteiga por margarina. Cortar da dieta as frituras também é uma boa maneira de controlar o nível de colesterol.
Hipertensão arterial sistêmica (HAS)
A hipertensão está entre as causas de doenças no coração, principalmente, por estar relacionada aos casos de AVC.
A melhor maneira de evitar a hipertensão é medir a pressão arterial regularmente, nunca faltar às consultas médicas de rotina, controlar o peso e o nível de colesterol, incluir o consumo de fibras na alimentação, ingerir a quantidade de sal recomendada, não fumar e praticar uma atividade física (depois, é claro, de realizar uma avaliação com o cardiologista).
Tabagismo
O cigarro contém muitas substâncias prejudiciais ao organismo. O coração é afetado pela nicotina, que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, eleva os níveis de colesterol e provoca muitos outros danos.
Parte dos benefícios de não fumar ou de abandonar o hábito é a chance reduzida de sofrer um infarto do miocárdio. Não induzir outra pessoa ao vício e não transformar os que estiverem ao seu redor em fumantes passivos são a melhor forma de evitar que os malefícios do tabagismo afetem a saúde.
Diabetes
Angina, infarto e AVC são algumas das doenças cardíacas desencadeadas pela diabetes. A condição influencia mais pelo tempo em que afeta o organismo do que pela severidade do quadro. Não há uma forma melhor de evitá-la que não seja manter a taxa de glicose no corpo em níveis considerados normais. Isso significa ficar atento à quantidade de doces consumida e, também, de alimentos que se transformam em açúcar quando são processados pelo organismo.
Obesidade
A obesidade é um fator de risco para inúmeras doenças. Já relacionamos algumas delas, como a diabetes, a hipertensão e o colesterol alto, além do infarto. Mas há muitas outras. Todas elas podem ser evitadas quando há a preocupação em manter uma dieta saudável para equilibrar o peso. Às vezes, isso significa ter de mudar o estilo de vida. Mas isso não é, necessariamente, um problema quando o que está em jogo é a própria saúde, certo?!
Sedentarismo
Não se exercitar faz muito mal para o organismo. O corpo precisa de movimento para desempenhar suas funções de forma correta. A ausência de qualquer tipo de esforço pode causar, até, atrofia. Sem contar que pode levar a muitas das doenças que citamos acima: hipertensão, diabetes, obesidade e colesterol elevado.
Deixar de ser sedentário, muitas vezes, pode parecer uma árdua tarefa. Na verdade, basta dar o primeiro passo. Comece a caminhar e, quando tiver disposição, comece a correr. Pedalar e nadar também são bons exercícios para sair do sedentarismo. Repita a atividade que mais lhe parecer agradável entre 40 e 60 minutos por dia, de três a cinco vezes por semana. Em pouco tempo, é possível que você se sinta outra pessoa.
Material escrito por: Harry Correa Filho
Médico Cardiologista - CRM/SC 4101 RQE 1132
Diretor técnico da Unicardio, o Dr. Harry Correa Filho é formado em medicina pela UFSC e especialista em cardiologia pelo Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, onde já foi diretor. É professor de cardiologia na Unisul e Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY.