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Exame de mamografia é seguro para o diagnóstico do câncer de mama?

As estratégias para a detecção do câncer de mama englobam, necessariamente, o exame de mamografia. No Brasil, conforme as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama, publicada em 2015, o exame de mamografia é o método mais recomendado para o rastreamento da doença na rotina de atenção integral à saúde da mulher.

O procedimento, também chamado de mamograma, consiste na realização de raios-X nas mamas, que identifica alterações que podem ser sinais de câncer.

A mamografia é o único exame cuja aplicação em programas de rastreamento apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade do câncer de mama.

Isso se deve por causa da precisão do exame em apontar lesões em fase inicial, inclusive tumores ainda não palpáveis. Como as chances de desenvolver câncer de mama crescem com a idade, todas as mulheres acima de 35 anos precisam fazer mamografia.

E, quando há história de câncer na família, recomenda-se iniciar a mamografia no mínimo dez anos antes do aparecimento do câncer na família.

Grupos de risco que devem fazer o exame de mamografia

Possuir um ou mais fatores de risco não significa, necessariamente, que a mulher irá desenvolver o câncer de mama. Muitas pessoas com a enfermidade podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. É difícil, também, identificar o quanto um fator pode ter contribuído para o aparecimento da doença.

Contudo, é preciso estar atento a determinados fatores que podem contribuir para o aparecimento da enfermidade:

  • ser do gênero feminino é o principal fator de risco;
  • histórico familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) antes dos 50 anos ou câncer de ovário antes dos 35 anos;
  • estar acima dos 35 anos;
  • primeira menstruação em idade precoce;
  • menopausa tardia;
  • primeira gravidez após os 30 anos;
  • não ter filhos;
  • longos períodos fazendo reposição hormonal;
  • exposição à radiação antes dos 35 anos.

Alterações no exame de mamografia

Os resultados do exame de mamografia indicam em que categoria a mulher se encontra, onde o número 1 significa que o resultado está normal e os números 5 e 6 são indicativos de câncer de mama.

Somente um médico com especialidade em oncologia e/ou mastologia é capacitado para analisar os resultados de um exame de mamografia. Por isso, é importante levar o diagnóstico do procedimento ao profissional que o solicitou.

Existe mais de um tipo de exame de mamografia?

Existem dois tipos de exame de mamografia, feitos por mamógrafos diferentes:o convencional e o digital.

Convencional

É realizado com um filme processado após a exposição das mamas ao raio-X. Este filme necessita de cuidados especiais no armazenamento, pois o calor e a umidade podem comprometer a imagem e o resultado final, o que leva à necessidade de um segundo exame.

Digital

Transforma o raio-X em sinais elétricos que são transmitidos para um computador. No resultado do exame de mamografia digital, os riscos de perder a imagem por danos externos são menores. E o radiologista pode ajustar melhor a imagem, reduzindo o risco de repetição do exame.

Comprovadamente, o exame de mamografia ajuda a salvar vidas. É preciso lembrar que, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo mais recorrente e o que mais causa a morte de mulheres no Brasil.

A detecção precoce é a chave para um tratamento bem-sucedido. E a mamografia é a melhor forma de descobrir o câncer de mama antes que  ele seja detectável pelo exame clínico.

Material escrito por:

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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