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Problema no coração é hereditário?

Saber que um familiar tem um problema no coração assusta. O coração é um órgão delicado e que está suscetível a muitas doenças. Então, logo surge a preocupação de cuidar, com atenção redobrada, do pai, da mãe, do avô, da avó, do tio ou da tia diagnosticada com alguma doença cardíaca.

É natural ter essa preocupação, afinal, ninguém quer ver a outra pessoa convalescendo. O cuidado com o outro ocupa tanto espaço que uma questão simples, porém importante, pode passar despercebida: um problema no coração é hereditário?

Dependendo do problema, ele é, sim, genético. A insuficiência cardíaca, por exemplo, é uma das doenças cardiovasculares que os filhos podem herdar dos pais. Mas isso ocorre somente em casos muito raros.

É mais comum uma pessoa desenvolver uma insuficiência cardíaca porque alguma doença já prejudicou as artérias coronarianas, é hipertensa ou diabética do que por razões genéticas.

E, ainda que haja um fator genético, é difícil que ele, por si só, seja capaz de desencadear o problema no coração. É preciso que a pessoa cuide pouco da saúde e quase não dê atenção à manutenção de bons hábitos de vida para que o coração seja prejudicado de alguma forma.

3 formas de prevenir um problema no coração

Ou seja, independentemente de o problema no coração ser hereditário, o mais importante, de fato, é dar atenção à prevenção das doenças cardiovasculares para que a saúde do sistema cardíaco não seja afetada por nenhum mal. Assim, observe:

Nível de glicemia

Quando o nível de glicemia está alto, há chance de ocorrer um acúmulo de glicose no sangue e surgirem complicações em função disso. Por isso, é importante manter uma alimentação saudável, praticar algum exercício físico e acompanhar o estado geral de saúde com um endocrinologista.

O diabetes é um dos principais fatores de risco para o surgimento de doenças cardíacas. Razão suficiente para cuidar para que o organismo consiga processar o açúcar que há no sangue, transformando-o em energia.

Pressão arterial

A pressão arterial considerada normal é a 12 por 8. Qualquer verificação que detecte valores superiores a esses precisa ser vista como um sinal de alerta.

Quem nunca teve um registro excedente da pressão arterial, pode medi-la uma vez ao ano, preferencialmente durante a consulta de rotina agendada com o cardiologista. Já as pessoas que apresentaram alguma oscilação maior do que a considerada normal, precisam realizar um acompanhamento em intervalos de tempo menores para observar a evolução da condição.

Risco de infarto

Pode não parecer que há relação, mas doenças como gripe, resfriado, bronquite e pneumonia são as que mais estão associadas ao risco de infarto. Elas geralmente afetam o organismo nos meses do outono e do inverno, época do ano em que é preciso fortalecer as defesas do corpo.

Material escrito por:

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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