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Existem atividades físicas prejudiciais para o coração?

Os benefícios das atividades físicas para a saúde são diversos. Além de auxiliarem na manutenção do peso ideal, elas têm a capacidade de fortalecer a musculatura do corpo, como um todo, com destaque para os benefícios ao coração.

Nesse cenário, surgem questionamentos como, por exemplo, se há atividades físicas mais benéficas para o coração ou mesmo se há alguma que deva ser evitada por quem já possui problemas cardíacos.

Essas e outras questões você vai descobrir continuando esta leitura!

Quais são os melhores exercícios para manter o coração saudável?

Os exercícios que são considerados os melhores para o coração são as atividades chamadas “aeróbicas”, ou seja, aquelas que possuem movimentos de contração e relaxamento dos grandes grupos musculares. 

Isso porque elas melhoram a capacidade cardiorrespiratória e da circulação coronariana da musculatura como um todo. Além disso, essas atividades ajudam a controlar a pressão arterial e o perfil metabólico da pessoa, reduzindo taxas como colesterol ruim e triglicérides.

Assim, mais do que manter a musculatura em movimento e torná-la mais forte, os exercícios aeróbicos fazem com que o corpo passe a funcionar sem a necessidade de um trabalho extra do coração.

Apesar de não se enquadrar nesta classificação, a musculação também é muito recomendada. Além de promover o aumento da força e massa muscular, ajuda no equilíbrio, flexibilidade e humor da pessoa. 

  • Atividade aeróbica: ajuda no controle do peso.
  • Musculação: melhora o tônus muscular e ajuda na liberação de hormônios como testosterona.

Existem atividades físicas prejudiciais ao coração?

De forma geral, não há atividades físicas que tenham a capacidade de prejudicar o coração. Porém, é preciso ter atenção à intensidade dos exercícios.

Pessoas que já possuem problemas cardíacos devem evitar os exercícios que elevem excessivamente os seus batimentos. Mas isso não quer dizer que essas atividades sejam vetadas. É importante uma avaliação médica para avaliar a intensidade da atividade física.. 

Os cuidados, entretanto, não são restritos aos cardiopatas. Ao contrário! Quem possui coração saudável também precisa ter a certeza de que não há qualquer tipo de risco de ocorrer eventos indesejados durante os exercícios.

Para isso, a importância dos exames preventivos para conhecer o seu próprio corpo, seus limites e, com isso, iniciar as atividades físicas com segurança.

Qual é a importância do acompanhamento multidisciplinar?

Para garantir que a prática das atividades físicas será saudável e realmente benéfica para o corpo e a mente, recomenda-se que seja realizado um trabalho multidisciplinar.

Assim, além do cardiologista, que fará a avaliação prévia e o acompanhamento da saúde do coração, outros profissionais considerados essenciais são os seguintes.

  • Nutricionista: a alimentação costuma estar diretamente vinculada ao atingimento de determinados objetivos, por meio dos exercícios. Seja para emagrecer, ganhar massa magra ou simplesmente ter mais energia para a atividade, o nutricionista é um ótimo aliado na confecção de um cardápio alimentar direcionado.
  • Educador físico: esse profissional é responsável por recomendar o melhor exercício, baseando-se nos objetivos e restrições pessoais. Além disso, ele consegue controlar o rendimento e, ainda, sugerir melhorias para que a pessoa adquira o melhor daquela atividade.  
  • Fisioterapeuta: Mais do que tratar lesões, o fisioterapeuta tem um papel fundamental de, por meio dos exercícios, evitar que elas ocorram. Assim, eles focam no fortalecimento da musculatura e na qualidade postural.

Veja também: 5 lugares para se exercitar em Florianópolis.

Antes de iniciar qualquer atividade física, lembre-se de procurar o seu cardiologista, para que ele possa avaliar o seu caso.

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Material escrito por:

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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