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Como é feita a avaliação do condicionamento cardiovascular?

Submeter um(a) paciente ao teste ergométrico é uma das maneiras de diagnosticar a existência de doenças cardiovasculares. Além disso, ele é útil na determinação do  prognóstico, na avaliação da resposta terapêutica, da tolerância ao esforço e na identificação de sintomas compatíveis com arritmias ao exercício.

Em alguns casos, o cardiologista pode requisitar a realização do teste ergométrico antes de pedir ao(à) paciente para agendar exames de imagem. Em outros,  o profissional da área médica e cardiológica pode considerar importante que o(a) paciente faça ambos no mesmo período.

Como é feito o teste ergométrico

Atualmente, o teste ergométrico é muito usado na área clínica. Ele avalia a resposta clínica, hemodinâmica, autonômica, eletrocardiográfica, metabólica e, eventualmente, ventilatória de uma pessoa ao exercício.

O cardiologista costuma recomendar que um(a) paciente faça o teste ergométrico:

  • para detectar isquemia miocárdica;
  • reconhecer arritmias cardíacas e distúrbios hemodinâmicos induzidos pelo esforço;
  • avaliar a capacidade funcional e a condição aeróbica;
  • para prescrever exercício;
  • avaliar objetivamente os resultados de intervenções terapêuticas;
  • demonstrar ao paciente e aos seus familiares as suas reais condições físicas;
  • fornecer dados para perícia médica.

Há situações em que o teste ergométrico é especialmente indicado. Em cardiopatias congênitas, doenças não cardíacas e crianças com sopro ou disfunções leves, arritmias ou pós-operatório de cardiopatias congênitas.

O teste só não poder ser realizado quando há:

  • embolia pulmonar;
  • enfermidade aguda, febril ou grave;
  • limitação física ou psicológica;
  • intoxicação medicamentosa;
  • distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos não corrigidos.

Todo(a) paciente que for se submeter ao teste ergométrico precisa consentir com a sua realização. Quem for menor de 18 anos só pode fazê-lo mediante a permissão do responsável legal.

Geralmente, o médico faz uma solicitação por escrito e a entrega ao(à) paciente para que agende a realização do teste. Sem essa requisição, o procedimento não é marcado.

Somente um médico habilitado e capacitado para atender a emergências cardiológicas está apto a realizar o teste ergométrico. O profissional deve estar presente e permanecer na sala do exame durante todo o tempo em que ele estiver sendo feito. De forma alguma é permitido a ele que se ausente.

É permitido ao(à) paciente deixar a sala do exame somente quando estiver se sentindo restabelecido. Após alguns dias, ele(a) recebe o resultado com o laudo em que consta a interpretação clínica, hemodinâmica, metabólica, autonômica e eletrocardiográfica da sua condição.

É preciso que o cardiologista que requisitou o exame faça a própria análise para orientar o(a) paciente quanto aos cuidados que é preciso ter com a saúde a partir do que o teste apontou. Somente assim o compromisso e o cuidado com o próprio bem-estar estará completo.

Material escrito por:

Dr.-Harry-Correa

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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