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Guia de cuidados para pacientes com hipertensão e diabetes durante a pandemia do Covid-19

As doenças cardiovasculares atingem milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que mais de 9 milhões de brasileiros tenham diabetes, de acordo com dados do Ministério da Saúde, enquanto 35% da população é hipertensa.

Além das muitas consequências já conhecidas, como a pressão alta e os fatores de risco para outras doenças, a pandemia do Covid-19 se torna mais uma preocupação para pacientes com doenças cardiovasculares.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, os diabéticos e hipertensos estão no grupo de risco do Covid-19, com uma grande porcentagem de pacientes com complicações pelo coronavírus.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a taxa de mortalidade em hipertensos com coronavírus é mais elevada que a maioria da população, atingindo 6% dos pacientes. Em Wuhan, na China, estudos constataram que 48% das pessoas que vieram a óbito pelo Covid-19 tinham pressão alta.

A primeira vítima confirmada no Brasil pelo novo coronavírus, em 17 de março de 2020, é de um homem de 62 anos, com hipertensão e diabetes, na cidade de São Paulo.

Portanto, as doenças cardiovasculares durante a pandemia do Covid-19 necessitam de especial atenção e cuidado, principalmente em questões de prevenção.

5 dicas de prevenção para pacientes diabéticos ou hipertensos durante a pandemia do Covid-19

Pessoas diabéticas e hipertensas devem buscar evitar o contágio pelo novo coronavírus, seguindo as principais recomendações da OMS, Ministério da Saúde e demais órgãos de saúde. Além disso, é preciso redobrar a atenção com as medidas de controle da pressão arterial.

Abaixo, separamos algumas dicas que podem ajudar os pacientes com doenças cardiovasculares durante a pandemia do Covid-19. Confira!

1 – Mantenha o isolamento social

O isolamento social é a melhor maneira de diminuir o índice de transmissibilidade do novo coronavírus. Evite aglomerações e saia de casa somente quando for extremamente necessário, como manter seu acompanhamento médico, fazer compras no mercado ou ir à farmácia.

2 – Redobre os hábitos de higiene

Quando não for possível permanecer em isolamento, é fundamental manter os hábitos de higiene, incluindo lavar as mãos com água e sabão, ou álcool em gel 70%, higienizar superfícies, evitar tocar olhos, nariz e boca quando não tiver com as mãos limpas e não compartilhar objetos de uso pessoal.

3 – Não dispense o uso dos medicamentos regulares

Hipertensos e diabéticos que fazem uso de remédios controlados para controle da pressão arterial e da glicose no sangue, respectivamente, devem manter a administração dos medicamentos, sempre de acordo com as recomendações médicas.

Monitore as suas condições de saúde e perceba se há algum sintoma incomum. Ao identificá-lo, procure conversar com seu médico.

4 – Tenha uma dieta equilibrada e uma rotina de exercícios

Mesmo em isolamento social, é possível manter uma dieta equilibrada, sem se descuidar da alimentação conforme a prescrição médica. Para os hipertensos, é recomendável diminuir o consumo de sal e evitar o consumo de alimentos industrializados. Já os diabéticos, precisam estar atentos aos seus níveis de insulina, mantendo os cuidados com o consumo excessivo de açúcar e carboidratos.

Mas, mão é apenas quem tem um problema de saúde diagnosticado que precisa dar atenção à alimentação. Aproveite que está mais tempo em casa para preparar sua própria comida, prefira alimentos in natura e busque variedade de nutrientes na sua refeição.

Também é necessário manter uma rotina de exercícios físicos. Inclusive, a OMS criou um guia de treinos para fazer em casa, com uma série de atividades físicas que te ajudam a manter o corpo em movimento e cuidar da saúde.

5 – Cuide da mente e evite o estresse

Sabemos que em cenários como este, é muito comum ficarmos ansiosos ou estressados, ainda mais com a grande quantidade de notícias sobre o Covid-19. Para quem sofre com doenças cardiovasculares, essa pode ser uma preocupação a mais.

Portanto, além de cuidar do corpo, mantenha a sua mente sã e a saúde mental em dia. Faça atividades que te tragam prazer, como brincar com os filhos, ler um livro ou assistir um filme.

Não interrompa o tratamento durante a pandemia

A Unicardio recomenda que as consultas, exames médicos e tratamentos devem ser realizados também durante a pandemia do Covid-19, como medida de manutenção da saúde. Recentemente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) emitiu comunicado salientando a importância da continuidade dos tratamentos cardíacos.

A entidade orienta que “pacientes com sintomas de doença coronariana (dor no peito, falta de ar, suor frio, etc), não devem retardar a consulta a um especialista por medo de contágio de Covid-19”. Isso porque, o atendimento precoce é essencial para o sucesso no tratamento de episódios de infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Quanto mais for retardado, mais aumentam os riscos de complicações e de perda de vida”, conclui o comunicado.

Se precisar da ajuda médica, o melhor a fazer é:

  • agendar o seu horário previamente, presencial ou via telemedicina;
  • comparecer na hora do seu atendimento e,
  • se possível, ir à clínica sem acompanhante.

Esses cuidados básicos são tomados para possíveis contaminações por aglomeração nos estabelecimentos de serviços essenciais.

Saiba mais sobre os cuidados tomados pela Unicardio durante a pandemia da Covid-19.

Caso apresente algum sintoma associado ao novo coronavírus, como febre, tosse e dificuldade para respirar, é fundamental avisar a equipe médica, para que todos os cuidados preventivos sejam tomados, para evitar a transmissão.

Quer saber mais sobre os cuidados para pacientes com doenças cardiovasculares durante a pandemia do Covid-19? Siga a Unicardio no Facebook Instagram e fique por dentro das novas orientações!

Baixe gratuitamente: E-book Proteja seu coração com a ajuda dos alimentos 


Material escrito por:

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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