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É bom tomar chá para pressão alta?

Será que o chá para pressão alta funciona? Esse é um questionamento que os hipertensos sempre fazem para saber, muitas vezes, qual é a possibilidade de deixar os medicamentos de lado. Também é comum que ao notar a pressão alta, muitos se automediquem e evitem a consulta com um cardiologista. No entanto, isso é um problema grave nos casos de pressão alta.

A hipertensão arterial está a cada dia mais presente na vida dos brasileiros. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), acredita-se que cerca de 25% da população brasileira tenha pressão alta. Além disso, cerca de de 40% dos infartos e 80% dos históricos de derrame estão associados à hipertensão.

Tomar chá para pressão alta funciona?

O chá verde, principalmente, está relacionado à redução do estresse e ansiedade. Além disso, acredita-se que o chá verde relaxa os vasos sanguíneos, o que atuaria diretamente na hipertensão. É possível que algumas xícaras por dia da bebida podem eliminar alguns pontos nos níveis de hipertensão. O chá de gengibre também é visto como eficaz, assim como o uso da raíz na alimentação atua na pressão arterial beneficamente.

Outros chás também já foram classificados como eficientes no caso da pressão alta. No entanto, é muito importante conversar com um médico sobre o assunto para maior esclarecimento. Assim, será possível que ele decida, junto com você, se a bebida pode ser acrescentada ao tratamento e qual a melhor maneira de utilizá-la.

Considera-se que, embora o uso de chás possa amenizar o quadro, em nenhuma hipótese, o cuidado médico deve ser dispensado. Para maiores informações sobre o que pode ou não ser consumido mediante o quadro de pressão alta, sempre consulte um cardiologista.

O que causa a pressão alta?

A hipertensão arterial ou pressão alta se caracteriza quando a pressão está maior do que 14 por 9; sendo que se estiver 12 por 8, considera-se normal. Geralmente, isso acontece quando os vasos sanguíneos se contraem, seguido de uma força maior no bombeamento do sangue contra a parede das artérias. A pressão também pode aumentar em casos de sustos, situações de estresse, insônia, alimentação e após a realização de exercícios físicos.

Sintomas da pressão alta

Alguns sintomas da pressão alta podem ser bastante evidentes. Quando observados com antecedência, é fundamental procurar um médico para que nenhuma complicação aconteça. Por isso, preste atenção quando sentir:

  • enjoos;
  • tonturas;
  • sonolência;
  • visão embaçada;
  • dor na nuca;
  • dor na região torácica;
  • zumbidos no ouvido;
  • dificuldades para respirar;
  • pequenos pontos de sangue nos olhos.

Na grande maioria das vezes, a causa da pressão alta é genética (cerca de 90% dos casos). Outros fatores também podem desencadear ou agravar o problema. A idade, por exemplo, é um fator importante, já que a maioria dos casos acontece em pessoas mais velhas. A obesidade também caracteriza um sinal de alerta para o desencadeamento da hipertensão arterial.

O estilo de vida é bastante observado no diagnóstico da hipertensão. A má alimentação, o excesso de sal, o tabagismo e o consumo exagerado de álcool estão entre os hábitos que mais influenciam no aumento da pressão. Felizmente, todos esses fatores podem ser controlados, evitando um possível agravamento do quadro. De qualquer maneira, caso verifique um aumento na pressão, assim como se houver a identificação de algum dos sintomas citados, procure um médico.

O tratamento medicamentoso é indicado para casos mais graves, como os níveis de pressão arterial acima de 180/110 mmHg. Caso contrário, medidas mais simples podem ser observadas.

Previna a pressão alta

Evitar algumas atitudes podem reverter a situação:

  • manter uma alimentação saudável: diminuir o consumo de gordura saturada, colesterol e gordura total; ingerir porções diárias de laticínios desnatados ou semidesnatados; preferir alimentos integrais; evitar a adição de sal aos alimentos; preferir alimentos grelhados, cozidos e assados; evitar produtos industrializados e o consumo de doces e bebidas doces;
  • medir a pressão arterial regularmente;
  • praticar atividades físicas regulares, pelo menos cinco vezes na semana;
  • optar por exercitar o corpo naturalmente, subindo escadas ao invés de elevador, caminhando e pedalando para se locomover, quando possível;
  • avaliar frequentemente a medida da circunferência abdominal, que não deve passar de 102 centímetros nos homens e 88 centímetros, nas mulheres;
  • usar, no máximo, uma colher de chá de sal para toda a alimentação diária;
  • não utilizar saleiro e nem acrescentar sal depois do alimento pronto;
  • diminuir o consumo de bebidas alcoólicas;
  • não fumar, para não agravar o risco de desenvolver quaisquer das doenças cardiovasculares;
  • controlar o estresse e o nervosismo.

Consulte o seu médico regularmente

Não deixe de ir ao médico regularmente e fazer o controle da pressão arterial. Isso diminui o risco de doenças cardiovasculares. Ao utilizar medicamentos, não se esqueça de seguir todas as recomendações médicas. Da mesma forma, converse com seu médico em caso de dúvida e jamais se automedique. Compareça a consultas regularmente e não abandone o tratamento.

 

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Material escrito por:

Dr.-Harry-Correa

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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