É comum vincular o surgimento de problemas no coração ao sedentarismo, obesidade e hipertensão. Porém, você sabia que também há relação entre saúde mental e doenças cardíacas?
Estima-se que os portadores de doenças psiquiátricas têm de duas a três vezes mais chances de irem a óbito quando acometidos por doenças cardiovasculares, com destaque para a doença arterial coronariana.
Dentre os sentimentos que afetam diretamente o órgão destacam-se raiva, tristeza, ansiedade e solidão. Outro problema que entra nessa lista é o estresse. Apesar de ser algo natural, em excesso passa a ser um dos fatores de risco mais graves para o surgimento de doenças cardiovasculares.
Abaixo, você vai entender melhor a relação entre saúde mental e doenças do coração. Para isto, explicaremos de que forma esses transtornos modificam o funcionamento do órgão. Confira!
Como o estresse afeta o funcionamento do coração
O estresse, que se caracteriza pela sensação de desconforto, preocupação, medo, nervosismo ou indignação, é uma das maiores provas da relação entre a saúde mental e as doenças do coração.
Como ele gera uma espécie de estado de tensão constante, aumenta a liberação de determinados hormônios, como adrenalina e cortisol. Isso provoca instabilidade, elevando a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos e, consequentemente, podendo provocar infarto ou AVC.
O estresse também pode elevar o nível de colesterol. Isso ocorre porque, sob tensão, o fígado passa a produzir uma quantidade maior de colesterol para se proteger. Em contrapartida, o corpo apresenta dificuldade em retirar esse excesso do sangue, podendo, com o tempo, gerar alterações críticas na circulação e, consequentemente, no funcionamento do coração.
Como identificar o estresse
Além das sensações citadas acima, o indivíduo estressado costuma apresentar alguns sintomas característicos, como:
- aceleração no ritmo cardíaco;
- arritmia;
- tremores;
- tontura;
- sudorese excessiva e
- respiração acelerada.
Ele pode, também, sofrer de constipação intestinal, boca seca, problemas para engolir e necessidade frequente de urinar.
Como esses sintomas não são exclusivos de estresse, ou seja, podem indicar a existência de outras doenças, é fundamental procurar ajuda médica e realizar uma análise minuciosa.
Outros exemplos que comprovam a ligação entre saúde mental e doenças cardíacas
Além do estresse, há outros exemplos comprovados de que saúde mental e doenças do coração andam lado a lado.
Segundo estudo realizado na King’s College London, na Inglaterra, pacientes com depressão, esquizofrenia ou transtorno bipolar possuem 78% mais riscos de desenvolver doenças cardiovasculares em longo prazo. Um dos fatores que influenciam nesse número é o uso de antipsicóticos, que tendem a aumentar o índice de massa corporal.
Um estudo, divulgado pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, verificou que quem tem transtorno de ansiedade generalizada possui um risco 30% maior de ter problemas no coração. A insônia também pode ser prejudicial. Quem dorme até seis horas, tem 30% mais chances de apresentar sintomas de hipertensão. Já quem não consegue dormir mais de cinco horas, o risco salta para 520%.
Como manter a saúde mental em dia e prevenir doenças do coração
Modificar alguns hábitos pode ajudar a amenizar o estresse no dia a dia e, assim, evitar que a saúde mental cause doenças cardíacas. As principais dicas são:
- alimentar-se de forma equilibrada;
- praticar atividades físicas;
- dormir melhor;
- ter momentos de lazer e diversão;
- rir mais;
- cultivar boas amizades;
- praticar meditação.
Além disso, o acompanhamento psicológico é essencial, pois o profissional pode auxiliar o paciente a ter maior controle sobre suas emoções, bem como aprender a lidar com situações rotineiras com muito mais leveza.
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