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Sopro no coração tem cura?

Sopro no coração tem cura?

Uma pergunta relativamente comum após a ausculta cardíaca é se o sopro no coração tem cura. Essa condição, normalmente, é descoberta em consultas de rotina causando preocupação entre os pacientes e, em muitos casos, nos seus pais.

Para compreender se ela tem tratamento ou não, deve-se entender o que causa essa doença. O sangue deve percorrer um caminho determinado pelas cavidades, artérias, válvulas e veias. O problema é que nem sempre esse processo ocorre como deveria, havendo desvios na passagem da corrente sanguínea.

Essa condição pode ter diversas causas, como:

  • problemas de formação;
  • lesões no tecido cardiovascular;
  • degeneração de uma válvula e
  • consequência de outros problemas.

Além disso, também pode ser uma condição completamente inocente, ocorrendo com alta frequência em crianças. Cerca de 61% dos casos nessa faixa etária não apresentam risco para o paciente.

Continue lendo para saber se sopro no coração tem cura e tire suas dúvidas sobre esse mal.

Quais são os tipos de sopro no coração?

Eles se dividem em dois tipos: o funcional, também chamado inocente, e o patológico. O primeiro é comum em crianças e ocorre por características próprias do funcionamento cardiovascular dessa faixa etária, que conta com uma frequência cardíaca mais alta, a parede do tórax mais fina e angulação entre as artérias diferenciadas. Essa condição tende a desaparecer naturalmente com o crescimento.

Já o outro tipo é o patológico e ocorre quando há alterações na estrutura cardíaca. A maior parte dos casos são diagnosticados em adultos, que já tiveram doenças que lesionam as válvulas, como a febre reumática. Os sintomas, geralmente, são:

Como diferenciar os tipos de sopro?

Antes de saber se o sopro no coração tem cura, é preciso saber mais sobre o seu diagnóstico. Para diferenciar o funcional do patológico, utiliza-se o ecocardiograma. Esse exame permite que o cardiologista avalie todas as características do órgão, como:

  • estado das cavidades cardíacas;
  • espessura e integridade do músculo e
  • aspecto das paredes, das divisórias e das válvulas.

Apenas por meio desse exame do coração é possível diferenciar os tipos de sopro, o que é essencial para saber se o caso precisa de acompanhamento médico.

Afinal, o sopro no coração tem cura?

Nos casos inocentes, como já falado, a condição desaparece sozinha, sem precisar de acompanhamento médico. Já no tipo patológico, o sopro no coração tem cura por meio da realização de um procedimento cirúrgico.

Apesar de haver essa possibilidade, essa doença, em geral, não compromete severamente a saúde, ou seja, raramente há alguma complicação. Por essa razão, a cirurgia só é recomendada para pacientes que não conseguiram fazer o controle por outras alternativas, como o tratamento clínico.

Atualmente, há diversos medicamentos que conseguem aliviar os sintomas causados por essa doença. Esses remédios possuem propriedades diuréticas, antiarrítmicas e vasodilatadoras.

Quando o tratamento clínico não consegue controlar o sopro no coração, recomenda-se a cirurgia para corrigir a causa da doença, o que pode ser feito por meio da recuperação ou substituição de uma estrutura cardíaca. O procedimento pode ser realizado a partir da abertura do tórax ou de forma minimamente invasiva, o que diminui o tempo de recuperação e reduz os riscos.

A escolha da técnica depende muito da conduta que o médico prefere adotar em cada caso. O Dr. Tammuz Fattah, cardiologista intervencionista da Clínica Unicardio, explica o que é o cateterismo, como se preparar para o procedimento e para quais casos é indicado. Assista!

Material escrito por:

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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