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Superando a obesidade – transforme sua saúde com o tratamento adequado

Superando a obesidade

Em março, é o mês dedicado à conscientização sobre a obesidade, é importante refletirmos sobre o impacto dessa condição na sua saúde.

Além dos desafios físicos, a obesidade é um fator de risco significativo para diversas doenças graves, como doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, síndrome metabólica, síndrome de apneia do sono, dislipidemia, esteatose hepática, doenças articulares e aumento de risco de alguns tipos de câncer, como câncer de mamas e câncer de intestino. Mas, felizmente, a boa notícia é que é possível reverter o quadro com uma abordagem médica adequada e personalizada.

A obesidade é uma doença crônica, multifatorial, que envolve também um desequilíbrio entre a ingestão calórica e o gasto energético. Com o tempo, esse desequilíbrio pode levar a inflamação crônica de baixo grau e resistência à ação da insulina, aumentando o risco de complicações. O controle da obesidade exige mais do que apenas dieta e exercício. Ele envolve uma avaliação clínica completa, por profissionais que tratam pacientes com obesidade de forma responsável, e, na maioria das vezes, o acompanhamento especializado se faz de diversas áreas da saúde, de forma multidisciplinar.


A obesidade não afeta apenas o peso corporal, mas impacta de maneira profunda a sua saúde física e metabólica. Veja algumas condições frequentemente associadas à obesidade:

  • Doenças Cardiovasculares: O acúmulo de gordura visceral aumenta a pressão arterial sistêmica e eleva o risco de aterosclerose, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). A obesidade também favorece o desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva, devido ao aumento do trabalho cardíaco.
  • Diabetes Mellitus Tipo 2: O ganho de peso, especialmente em torno da região abdominal, está intimamente ligado à resistência à ação da insulina, o que prejudica a regulação do açúcar no sangue e pode levar ao desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2. Isso também contribui para a dislipidemia, que pode agravar ainda mais a saúde cardiovascular.
  • Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS): O excesso de peso, principalmente na área do pescoço, pode obstruir as vias respiratórias durante o sono, levando a apneias e hipoxemia intermitente, o que compromete a qualidade do sono e sobrecarrega o sistema cardiovascular.
  • Osteoartrite: A sobrecarga das articulações, especialmente em locais como joelhos e quadris, pode acelerar o desgaste da cartilagem e levar a doenças articulares, como a osteoartrite, limitando a mobilidade e causando dores crônicas.
  • Câncer: atualmente o excesso de peso é um dos principais riscos para o desenvolvimento de câncer no Brasil. Na lista estão incluídos os tumores de esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo e possivelmente associado aos de próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células B.

Além dos fatores referentes a saúde metabólica e cardíaca mencionados acima, a obesidade também tem um impacto significativo na saúde mental, contribuindo para o desenvolvimento de condições como depressão, ansiedade e baixa autoestima. O estigma social em torno do peso pode levar a sentimentos de isolamento e frustração, afetando o bem-estar psicológico. Além disso, a obesidade pode estar associada a desequilíbrios hormonais e inflamação crônica, que podem interferir diretamente no funcionamento cerebral, exacerbando problemas de saúde mental. Por outro lado, condições psicológicas também podem agravar a obesidade, pois transtornos como compulsão alimentar e transtornos de imagem corporal podem dificultar a adesão a hábitos saudáveis. Portanto, um tratamento eficaz da obesidade deve levar em conta tanto os aspectos físicos quanto os emocionais, promovendo uma abordagem holística para o bem-estar do paciente.

Esses são apenas alguns exemplos das consequências da obesidade, mas a boa notícia é que essas condições podem ser tratadas com a abordagem certa.


Aqui na Unicardio, oferecemos uma abordagem multidisciplinar para o tratamento da obesidade, visando o equilíbrio entre os aspectos físicos, metabólicos e emocionais dessa condição. Nossa equipe está preparada para fornecer o suporte adequado, utilizando ferramentas modernas e especializadas. Aqui está como podemos ajudar:


Endocrinologistas: controle metabólico e hormonal


O médico endocrinologista é o profissional que estuda obesidade e que tem competência para tratar o paciente obeso. Além disso, desequilíbrios hormonais são comuns em pessoas com obesidade. Endocrinologistas avaliam a etiologia da obesidade, e as consequências relacionadas com esta doença. Qual tipo de fome o paciente tem? Que fatores associados? Com uma boa anamnese e exame físico, juntamente com exames complementares, indicarão o melhor tratamento, individualizado.

Avaliam também o funcionamento das glândulas endócrinas, como a glândula tireoide e a glândula adrenal, além de monitorar parâmetros como níveis de insulina, glicemia de jejum, colesterol, entre outras possíveis complicações relacionadas ao excesso de peso. O tratamento de doenças associadas, como hipotireoidismo ou síndrome de Cushing, pode melhorar o metabolismo e auxiliar no controle de peso.


Cardiologistas: monitoramento da saúde cardiovascular


A obesidade está intimamente associada ao aumento do risco de doenças cardíacas, como hipertensão arterial, dislipidemia e insuficiência cardíaca. Os cardiologistas da nossa clínica utilizam exames como ecocardiograma, teste ergométrico e monitoramento ambulatorial da pressão arterial para avaliar a função cardíaca e detectar precocemente sinais de comprometimento cardiovascular. Essas ferramentas permitem uma abordagem preventiva e personalizada.


Nutricionistas: plano alimentar personalizado


A alimentação é um pilar essencial no tratamento da obesidade. Nutricionistas ajudam na elaboração de planos alimentares personalizados que atendem às necessidades individuais, considerando fatores como distribuição de macronutrientes e controle da ingestão calórica. O foco é promover uma alimentação equilibrada e sustentável, sem recorrer a dietas extremamente restritivas, que podem ser ineficazes no longo prazo.


Exames e ultrassonografias: monitoramento da saúde interna


A realização de exames cardiológicos e ultrassonografias é fundamental para monitorar a saúde dos órgãos internos, como fígado, rim e coração. 

A ultrassonografia abdominal pode ser útil para avaliar a presença de esteatose hepática, que é uma afecção comum, que faz parte da síndrome metabólica. Além disso, a realização de exames laboratoriais que ajudam a monitorar as condições associadas à obesidade.


Bioimpedância digital
Exame útil para avaliação da composição corporal, tecido muscular, tecido gordo, como está a saúde celular, hidratação, risco de doença cardiovascular e metabólica.

Rumo a uma vida mais saudável


Embora a obesidade seja uma doença crônica, com o tratamento adequado é possível reduzir peso, prevenir reganho de peso, reverter muitos de seus efeitos no corpo e alcançar uma qualidade de vida significativamente melhor. O segredo para o sucesso está em adotar uma abordagem integral, que envolva tanto o tratamento médico especializado quanto a mudança de hábitos sustentáveis.
Se você está pronto para dar o primeiro passo e transformar sua saúde, agende uma consulta e comece a trilhar o caminho da recuperação com o apoio de nossa equipe de especialistas.

Lembre-se: com a abordagem certa e a ajuda de profissionais qualificados, você pode superar a obesidade e melhorar sua saúde. Estamos aqui para apoiar você nesse processo! De forma segura e responsável.

Material escrito por:

Dra.-Ana-Paula-Gomes-Cunha

Ana Paula Gomes Cunha

Endocrinologista e Metabologista

CRM/SC 10157 RQE 7075

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/1996-2002)
  • Residência em Clínica Médica no Hospital Regional de São José – Dr. Homero de Miranda Gomes (HRSJ-HMG/2004-2005)
  • Residência em Endocrinologia e Metabologia no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC/2006-2007)
  • Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
  • Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), na qualidade de Secretária Executiva Adjunta (Gestão 2011-2012)
  • Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), na qualidade de tesoureira Adjunta (Gestão 2013-2014)
  • Membro da diretoria nacional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), de novos lideranças ( 2015-2016)

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