O ultrassom com doppler é um exame que pode ser utilizado em diferentes especialidades para fazer o diagnóstico por imagem e o acompanhamento de doenças, assim como para se certificar de que está tudo certo, como é o caso do doppler de carótidas, tireoide ou abdome total.
Como não oferece nenhum perigo para o paciente, o que ocorre em raios-x ou tomografias, esse exame de ultrassonografia serve como prevenção para pacientes com predisposição ao desenvolvimento de patologias. Também pode ser utilizado para guiar procedimentos, principalmente os minimamente invasivos.
Para você saber mais sobre o ultrassom com doppler e tirar as principais dúvidas sobre este exame de imagem, continue a leitura. Nele, você entenderá o que é o exame, como ele funciona e quando é indicado realizá-lo.
O que é o ultrassom com doppler e como ele funciona?
O ultrassom com doppler é uma técnica diferenciada, que permite analisar o movimento dos órgãos e o fluxo sanguíneo em tempo real. Ele é um tipo de ultrassonografia que é bastante importante para diferentes áreas da medicina, como a nefrologia, área especializada no rim, endocrinologia e cardiologia, por exemplo.
O seu nome tem origem em um físico, o Johann Christian Andreas Doppler, que descobriu haver uma diferença entre a frequência das ondas percebidas por um observador conforme a sua posição, ou seja, se ele está próximo ou longe da fonte. Uma forma de entender esse fenômeno é por meio da sirene de uma ambulância, que quando se aproxima, tem um som diferente do que quando está se afastando.
Assim como os outros exames de ultrassonografia, o aparelho utilizado para o procedimento usa ondas sonoras de alta frequência, que navegam pelo nosso corpo sendo devolvidas toda vez que encontram alguma barreira, como uma hemácia.
Essa devolução da onda gera um eco e, por um sistema, são transformadas em imagens da área em análise, o que permite ver o movimento dos órgãos.
Como o exame é feito?
O exame de ultrassom com doppler é consideravelmente simples e rápido, durando, em média, entre 15 e 30 minutos. No geral, não é necessário nenhum tipo de preparo anterior ao exame, como o jejum ou exclusão de consumo de determinada substância.
Mas atenção, porque algumas modalidades do exame exigem alguns cuidados, como é o caso da avaliação da região abdominal ou peitoral.
Por isso, sempre converse com o médico responsável pelo seu tratamento para saber quais são as orientações indicadas para realizar o exame da forma correta e ter resultados conclusivos.
Após chegar na clínica, o paciente deita na maca e o profissional segura contra a sua pele o dispositivo que emite ondas sonoras de alta frequência, então elas são transmitidas para um monitor, o qual guia o médico durante o exame e possibilita a visualização das imagens em tempo real.
Ele pode gravar a realização do exame para consultá-lo posteriormente, o que é comum em casos em que se deseja fazer o diagnóstico por imagem.
Além disso, é necessário que esse exame de ultrassonografia seja realizado por um médico radiologista, dado que a forma de segurar e mover o dispositivo, que utiliza ondas sonoras, modifica completamente os resultados.
Como já falado, ao contrário de alguns exames de imagem, como o raio-x ou a tomografia, o ultrassom com doppler não emite radiação e é indolor, não havendo, também, contraindicações.
Como o ultrassom com doppler mudou a Medicina?
O principal diferencial do ultrassom com doppler é que ele possibilita a investigação de diferentes funcionalidades do corpo, permitindo a visualização mais detalhada dos tecidos, estruturas e do fluxo sanguíneo, assim como das veias e artérias de maneira muito mais precisa.
O que faz o doppler ser uma técnica especial é as imagens serem vistas com uma coloração, o que permite diferenciar o sentido do fluxo sanguíneo. Outro grande diferencial desse ultrassom éque ele faz tudo isso de forma simples e completamente indolor para o paciente. Para somar, o equipamento é relativamente simples e leve, permitindo que seja realizado em pacientes internados, sem precisar sair do seu leito.
Por todas essas razões, ele se popularizou e, atualmente, é essencial para o diagnóstico e tratamento clínico de diferentes patologias.
O ultrassom com doppler também pode ser utilizado para guiar procedimentos não invasivos, como no bloqueio de nervos ou infiltrações nas articulações. Por meio da aplicação das ondas sonoras de alta frequência, é possível ver os tubos, cânulas e mini câmeras em tempo real, enquanto é inserido no paciente.
Quando é indicada a realização do ultrassom com doppler?
O exame de ultrassonografia com doppler é solicitado por diferentes especialidades. Quando falamos mais especificamente da cardiologia, da medicina vascular e da endocrinologia, os seus usos mais comuns são:
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identificar aneurismas ou dilatações dos vasos sanguíneos;
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identificar estreitamentos ou oclusão das veias e artérias;
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avaliar o fluxo sanguíneo de artérias e veias;
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diagnosticar varizes, tromboses venosas ou arteriais;
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medir o fluxo sanguíneo da mãe para o feto, durante a gestação;
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avaliar a recuperação do órgão, após transplantes e
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analisar a saúde dos órgãos internos.
Esses são apenas alguns exemplos de aplicações, mas existem muitos outros. Basicamente, o ultrassom com doppler pode ser recomendado para os pacientes de três formas diferentes: para a prevenção de doenças, para auxiliar no diagnóstico e como apoio no tratamento clínico. Saiba mais sobre cada um deles.
Uso preventivo
O médico pode pedir um ultrassom com doppler para verificar a funcionalidade dos órgãos. Isso acontece, especialmente, em casos de pacientes que contam com predisposição genética para o desenvolvimento de doenças, como no caso da trombose ou de outras patologias cardiovasculares.
Pelo fato de ele não ter nenhum efeito colateral conhecido para os pacientes, utiliza-se amplamente esse exame de ultrassonografia para a prevenção.
Diagnóstico
O ultrassom com doppler também pode ser utilizado para auxiliar no diagnóstico por imagem. Normalmente, há a recomendação desse tipo de exame quando o paciente sente algum tipo de desconforto ou tem sintomas que indicam que há uma patologia cardiovascular, como:
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cansaço extremo;
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dor no peito;
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falta de ar;
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inchaço nas pernas ou braços;
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desmaios e
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náusea.
Vale ressaltar que, muitas vezes, é necessário realizar outros exames de forma conjunta para haver um diagnóstico correto.
Apoio no tratamento clínico
Outra utilização do ultrassom com doppler é no acompanhamento e apoio das intervenções médicas, para analisar se há um avanço ou regressão dos casos após o tratamento, que pode envolver medicação ou cirurgia. Nesse último caso, ainda pode avaliar a recuperação dos tecidos e cicatrização interna, caso seja necessário.
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