Segundo a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), a obesidade é uma doença crônica que tende a piorar com o passar dos anos, caso o paciente não seja submetido a um tratamento adequado e contínuo. Além de reduzir a qualidade de vida, pode predispor a doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer.
O dia 11 de outubro foi escolhido para ser o dia mundial de prevenção da obesidade.
A ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), divulgou a campanha desse ano: Obesidade, eu trato com respeito!
#obesidadeEuTratoComRespeito
Entre os objetivos da campanha estão:
– Encorajar mais as associações membros a realizar campanhas de elevado impacto mediático
– Aumentar o entendimento público e formulador de políticas do desafio da obesidade, e o que pode ser feito para combatê-la
– Compartilhar experiências de campanha para permitir a difusão das boas práticas.
Quando um paciente é avaliado, classificamos a obesidade de acordo com o IMC (índice de massa corporal).
IMC= peso / altura x altura
De acordo com o resultado do IMC, temos:
– Se for maior ou igual a 30 e menor que 35, é classificado como obesidade grau 1
– Se for maior ou igual a 35 e menor que 40, sem comorbidades, é classificado como obesidade grau 2.
– Se for maior ou igual a 40 ou maior ou igual a 35, com comorbidades, é classificado como grau 3 ou obesidade mórbida.
(Comorbidade significa doenças associadas a obesidade como, por exemplo, a diabetes.)
Relação da obesidade com a tireoide.
Não existe uma relação direta entre o ganho acentuado de peso com a tireoide. O que pode acontecer é, caso um paciente tenha hipotiroidismo não controlado, exista a dificuldade para emagrecer pois o metabolismo do corpo diminui.
Dificuldade em perder peso tem relação com obesidade?
Quando existe a dificuldade de perder peso, o paciente precisa consultar um endocrinologista para avaliar se existe causas secundarias, alguma doença que interfere nesse processo.
E, também, rever se a dieta que está sendo seguida está correta, se o consumo de calorias está adequado para a perda de peso.
Por isso é fundamental, durante o tratamento, o acompanhamento de um endocrinologista e nutricionista.
Veja: Consequências da obesidade para a saúde do coração
Paciente sem histórico de obesidade, pode desenvolver a doença?
Sim, pode desenvolver. Pode ocorrer depois de uma depressão, por exemplo. O consumo de alguns remédios pode acarretar no ganho de peso.
Pode acontecer quando existe uma grande mudança na vida, que muda os hábitos da pessoa e ela não tem tempo para se exercitar. Estresse crônico pode causar ganho de peso.
Como falamos, mesmo que o indivíduo não tenha histórico de obesidade na família, por questões de estilo de vida, ele pode desenvolver a doença.
Como prevenir?
Sempre através de uma dieta equilibrada, rica em legumes, frutas.
– Consumo equilibrado de carboidrato. Não mais que 50% da quantidade de ingesta calórica de carboidrato;
– Evitar alimentos industrializado;
– Evitar gordura saturada;
– Preferir os carboidratos integrais, que retardam a absorção do açúcar e promove mais saciedade.
– Evite o consumo de sucos. Dê preferência para comer as frutas, por conta das fibras.
O suco contém a frutose que predispõe para o ganho de peso.
– Tenha sempre 5 cores no prato. Busque uma alimentação saudável e equilibrada.
– Prática de atividade física.
Como prevenção: praticar 30 minutos, 5x por semana
Como tratamento: praticar 60 minutos, 3x por semana.
Para os indivíduos que, mesmo com atividades e dieta não conseguem perder peso, em alguns casos é preciso utilizar de medicamentos.
Mas muita atenção, é preciso buscar auxílio de um endocrinologista para avaliar e prescrever o medicamento certo para cada paciente.
Veja: O perigo dos remédios para emagrecer.
O tratamento para obesidade não é uma receita de bolo, cada paciente tem o seu tratamento de acordo com as suas condições.
Existes certos remédios que não podem ser receitados para determinados tipos de pacientes, por exemplo: individuo com pressão alta, que já teve infarto ou doença cardíaca não pode tomar sibutramina.
Por isso é muito importante a avaliação de um médico endocrinologista.