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Hipertireoidismo tem cura? E o hipotireoidismo?

Para quem recebe o diagnóstico de um problema na tireoide, logo surgem algumas dúvidas: hipertireoidismo tem cura? E o hipotireoidismo?

Primeiramente, gostaríamos de contextualizar que a tireoide é uma glândula que fica em nosso pescoço. Ela produz dois hormônios, o T3 e T4, que impactam no funcionamento de todo o corpo. Nas situações em que a quantidade dessas substâncias é excessiva, temos o hipertireoidismo. Já se há escassez, o nome é hipotireoidismo

Vamos aprender mais sobre o assunto? Acompanhe este material que preparamos para explicar tudo!

Começando pelo hipertireoidismo

Como você viu, o hipertireoidismo é o excesso de T3 e T4 no organismo. Essa disfunção pode causar alguns sintomas ao paciente, entre eles: 

  • suor excessivo;
  • coração acelerado;
  • ansiedade e irritabilidade;
  • diarreia;
  • queda de cabelo;
  • aumento de apetite;
  • inquietação;
  • intolerância ao calor;
  • percepção de nódulo no pescoço;
  • pele mais fina;
  • tremores;
  • perda de peso sem motivo.

As causas do hipertireoidismo

A tireoide utiliza o mineral iodo para produzir os hormônios. Quando há uma alta concentração desse nutriente no organismo, a pessoa fica sujeita a desenvolver o hipertireoidismo. Várias substâncias com altas concentrações de iodo, tais como comprimidos com algas, alguns expectorantes, amiodarona (remédio comumente usado para tratar arritmia cardíaca) e medicações contendo lítio, podem, ocasionalmente, causar hipertireoidismo.

Além disso, inflamações e nódulos na glândula também podem estar por trás da condição, assim como células tumorais em outras partes do corpo: nos ovários ou testículos.

Nessa lista, precisamos dar atenção especial à Doença de Graves. É um distúrbio autoimune que leva ao funcionamento exagerado da tireoide. Ela é a principal causadora do hipertireoidismo. 

Hipertireoidismo tem cura?

A resposta é complicada, pois depende. O excesso de iodo e nódulos na tireoide podem ser tratados e, a partir disso, curar o hipertireoidismo.

No entanto, quando o fator gerador é a Doença de Graves, não há cura. Porém, existem tratamentos e formas de controle. O tratamento é feito com o acompanhamento do médico endocrinologista, responsável por cuidar da tireoide e outros processos hormonais do nosso corpo.

O hipotireoidismo

Agora vamos falar da condição oposta, o hipotireoidismo, que é quando o corpo sofre com quantidades deficientes dos hormônios T3 e T4. Os principais sinais da escassez são:

  • cansaço;
  • depressão;
  • coração mais lento;
  • queda de cabelo;
  • menstruação irregular;
  • dificuldade de concentração;
  • pele ressecada;
  • ganho de peso;
  • muito sono;
  • intestino preso;
  • dores musculares.

As causas das baixas taxas hormonais no hipotireoidismo

Algumas pessoas já podem nascer com hipotireoidismo, que é a chamada forma congênita da doença, sendo comumente diagnosticado através do teste do pezinho. Além dela, o problema pode ser causado pela Tireoidite de Hashimoto, outra condição autoimune que afeta a tireoide, mas, dessa vez, faz com que ela trabalhe menos.

Outros fatores são: dieta pobre em iodo; tratamento com radioterapia; uso de determinados medicamentos; e tumores na hipófise (glândula que está situada dentro do cérebro). 

Hipotireoidismo tem cura?

Você já sabe que o hipertireoidismo tem cura, mas, infelizmente, o hipotireoidismo não. Trata-se de uma doença crônica. No entanto, é possível controlar o problema por meio de medicamentos que repõem os hormônios T3 e T4.

O tratamento é feito com o acompanhamento do médico endocrinologista, responsável por cuidar da tireoide e outros processos hormonais do nosso corpo. 

O diagnóstico do hipertireoidismo e hipotireoidismo

Você se identificou com os sintomas que listamos e está em dúvida se possui alguma dessas duas condições? Por meio de um exame de sangue, é possível iniciar o diagnóstico do hipertireoidismo e hipotireoidismo.

No teste, são medidos os níveis hormonais na circulação. Além disso, o endocrinologista pode pedir ainda um ultrassom, a fim de observar se existe algum nódulo ou inflamação na tireoide.

A partir disso, o especialista consegue analisar as condições de saúde e perceber o que está por trás do funcionamento incorreto da glândula. Assim, inicia-se o tratamento, que pode ser medicamentoso ou com outros procedimentos, caso necessário. 

Vale sempre ressaltar que, com o acompanhamento adequado, é possível viver bem mesmo com esses distúrbios hormonais. 

O que mais você quer saber sobre essa condição?

Esperamos que este material tenha ajudado a entender que o hipertireoidismo tem cura e que o hipotireoidismo pode ser controlado. Contudo, sabemos que essas condições são bem complexas.

Portanto, caso você ainda possua alguma dúvida, venha conversar com a nossa equipe de especialistas. Temos médicos endocrinologistas prontos para solucionar os seus questionamentos. Entre em contato pelo nosso site ou WhatsApp e agende uma avaliação individualizada.

Material escrito por:

Dra.-Ana-Paula-Gomes-Cunha

Ana Paula Gomes Cunha

Endocrinologista e Metabologista

CRM/SC 10157 RQE 7075

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/1996-2002)
  • Residência em Clínica Médica no Hospital Regional de São José – Dr. Homero de Miranda Gomes (HRSJ-HMG/2004-2005)
  • Residência em Endocrinologia e Metabologia no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC/2006-2007)
  • Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
  • Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), na qualidade de Secretária Executiva Adjunta (Gestão 2011-2012)
  • Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), na qualidade de tesoureira Adjunta (Gestão 2013-2014)
  • Membro da diretoria nacional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), de novos lideranças ( 2015-2016)

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