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Tudo que você precisa saber sobre arritmia cardíaca

Você já percebeu o seu coração acelerado mesmo sem nenhum motivo? Esse é o principal sintoma de arritmia cardíaca, uma condição que afeta a regularidade dos batimentos do órgão.

Existem dois tipos: as benignas, em que essa alteração não causa grandes danos ao funcionamento do coração. Já as malignas precisam de atenção especial, com um controle de perto do cardiologista.

Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), cerca de 20 milhões de brasileiros sofrem com alguma forma de arritmia. Essa doença também é a responsável por 320 mil óbitos por ano no país, pois pode gerar morte súbita.

Portanto, é importante entender o que é arritmia cardíaca, sintomas, causas, tratamentos e outros fatores que envolvem esse problema. Confira tudo isso neste material que preparamos para você.

Como são os batimentos normais do coração?

Uma pessoa adulta tem de 60 a 100 batimentos por minuto, quando está em repouso. Esses números podem aumentar em situações de estresse e exercícios físicos, mas devem retornar ao normal em seguida.

Na arritmia cardíaca, isso não acontece. O paciente percebe o coração acelerado mesmo parado ou o órgão fica mais lento do que o adequado, sem nenhuma interferência.

Os tipos de arritmias cardíacas

Além de dividir em benignas e malignas, as arritmias cardíacas também passam por outra classificação, de acordo com os principais sintomas que geram. Confira:

  • fibrilação atrial: é a forma mais comum da arritmia, principalmente em idosos. Infelizmente, também é preocupante, pois interfere na capacidade do coração em bombear sangue, com uma perda de até 35% no rendimento. Também leva à formação de coágulos, que podem afetar vários outros órgãos. Geralmente, o paciente relata que o coração fica “tremendo”, tamanha a aceleração;

  • arritmias ventriculares: afeta os ventrículos, partes importantes do coração para o bombeamento do sangue. Assim, os batimentos também se tornam rápidos e desregrados;

  • bradicardia: essa é a situação contrária, quando o coração bate mais lentamente do que o normal;

  • taquicardias supraventriculares: são as arritmias benignas, que podem ser geradas por ocasiões de tensão. Todavia, é sempre bom conversar com o médico cardiologista sobre esses tipos.

Os sintomas da arritmia

Os principais sintomas que surgem quando a arritmia cardíaca está presente são:

  1. coração acelerado;

  1. sensação de coração lento;

  1. tonturas e desmaios;

  1. fraqueza e cansaço excessivo;

  1. “nó” na garganta;

  1. mal-estar geral;

  1. falta de ar;

  1. dor no peito.

Você está com esses incômodos? Agende uma consulta com um cardiologista.

O que causa?

São vários os aspectos que podem desencadear arritmias cardíacas. Por exemplo: hiper ou hipotireoidismo; anemia; estresse e ansiedade; Doença de Chagas; presença de placas de gordura nas veias e artérias; e enfermidades que afetam as válvulas do coração.

Alguns desses fatores podem ser evitados, como os momentos de grande ansiedade e o acúmulo de gorduras, por meio de uma alimentação saudável. Outra orientação importante é manter consultas periódicas com o cardiologista, a fim de diagnosticar qualquer problema em tempo hábil, evitando sequelas.

O diagnóstico da arritmia cardíaca

Para identificar o problema, o médico analisa os sintomas e a história clínica do paciente. Além disso, é importante realizar exames complementares: o eletrocardiograma, o Holter 24 horas, a ultrassonografia e o teste ergométrico.

Com esses procedimentos, é possível analisar profundamente o coração e o funcionamento de cada parte dele.

Leia também: Alteração no eletrocardiograma: entenda o que pode ser

Os tratamentos

Existem vários tratamentos para as arritmias cardíacas, a depender da gravidade de cada caso. Para pacientes com formas leves da condição, basta o uso de determinados medicamentos.

Já para situações mais sérias, o cardiologista pode indicar a cirurgia de ablação, que remove a via de sinalização elétrica defeituosa do coração. Isto é, corrige onde está o problema que gera a alteração nos batimentos.

Também há a opção do marcapasso e da implantação do desfibrilador elétrico. Esses aparelhos visam manter o órgão batendo corretamente, por meio do envio de impulsos elétricos quando são necessários. No entanto, as arritmias nem sempre possuem uma cura definitiva, mas é possível controlá-las e evitar danos maiores à saúde.

Os perigos envolvidos

Quando não há o controle adequado da arritmia cardíaca, o paciente pode ser vítima de uma morte súbita. Trata-se, basicamente, de um infarto repentino, que oferece poucas chances de intervenção.

Os coágulos gerados pelo problema também podem ocasionar um acidente vascular cerebral (AVC), quando uma veia do cérebro é obstruída. Esse é o popular “derrame”. Como você viu, é fundamental ter atenção aos sintomas e fazer os check-ups da saúde com frequência.

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Material escrito por:

Dr.-Rafael-Kuhnen

Rafael Kuhnen

Cardiologista

CRM/SC 6716 RQE 2959

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) (1989-1995);
  • Residência em Clínica Médica no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC) (1995-1997);
  • Residência Médica em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC) (1997-1999);
  • Título de especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC-AMB);
  • Diretor Técnico da Clínica Unicardio (Biênios 2009-2011 e 2011-2013);
  • Membro do corpo clínico do Hospital SOS Cardio – Florianópolis-SC.

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