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Amamentação prolongada faz bem ao coração da mulher

A amamentação prolongada é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) devido aos diversos benefícios para a saúde da criança. O aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida e complementar à alimentação até, pelo menos, os dois anos. Além de também fortalecer o vínculo entre a mãe e o bebê, amamentar tem outra vantagem: protege o coração da mulher!

Doenças que a amamentação prolongada ajuda a prevenir

Diabetes gestacional

Muitas mulheres desenvolvem o diabetes gestacional quando estão grávidas. Geralmente, após o parto, não há mais risco para a saúde. Ainda assim, é preciso ter cuidado, pois a mulher torna-se mais suscetível ao aparecimento do problema, do que em outro momento da vida.

E o diabetes é um dos fatores de risco mais perigosos para  surgimento de doenças cardiovasculares. A amamentação prolongada é um auxílio, nestes casos, porque as mães que amamentam por mais tempo reduzem a possibilidade de a doença persistir depois que o bebê nasce.

Doenças cardiovasculares

Há 9% menos chance de uma mulher desenvolver uma doença cardíaca se ela amamentar o bebê por mais de seis meses (duração mínima recomendada para a amamentação). O índice sobe para 18% no caso das mulheres que têm um segundo filho e o alimentaram com o leite materno por período prolongado também. A constatação é de um estudo divulgado no Journal of the American Heart Association.

A relação entre a amamentação prolongada e o menor risco de a mulher ter uma doença cardíaca é mais um bom motivo para não interromper o aleitamento materno antes de a criança completar dois anos de idade. Apesar de ser uma boa notícia, ela precisa ser vista com cautela, pois não significa, de forma alguma, que a mulher está totalmente livre da possibilidade de desenvolver um problema no coração. Até porque as pesquisas ainda não descobriram em quais funções cardíacas a amamentação tem maior influência e nem determinaram por quanto tempo é preciso amamentar para que os benefícios sejam maiores.

Obesidade

Durante a gravidez, é normal haver um aumento no peso da mulher. Algumas, porém, excedem o ganho de quilos recomendado pelo obstetra e preocupam-se em como retornar ao peso anterior à gestação. A amamentação prolongada auxilia nesse retorno, pois é necessário que a mãe use 800 calorias por dia da sua reserva de energia somente para alimentar o bebê com o leite materno. Essa perda de peso também é muito benéfica para o coração, considerando que o sobrepeso e a obesidade também são fatores de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares.

Material escrito por:

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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