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Entenda a doença coronariana

A doença coronariana é consequência da falta de cuidados com a saúde, que resulta, dentre outras coisas, na formação de placas que se alojam nas paredes dos vasos por onde circula o sangue.

Essas placas são constituídas por tecido fibroso e colesterol, e causam vários danos ao organismo. O coração é o órgão mais prejudicado por elas, pois as placas impedem que o sangue e o oxigênio chegue até ele.

À medida que uma pessoa envelhece, está mais propensa a ter uma doença coronariana, apesar de ela não ser considerada uma consequência natural do envelhecimento. Quem já teve casos na família precisa estar mais atento, pois detém uma predisposição a desenvolvê-la.

Dicas para prevenir a doença coronariana

Parar de fumar

Fumar é considerado o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença coronariana. E, ao contrário de alguns outros fatores, é um dos que mais é possível evitar.

Uma mulher que para de fumar reduz a chance de ter uma doença cardiovascular em até 70% em um período de dois anos.

Há programas públicos e privados que ajudam a tratar o tabagismo. O foco desses programas é promover uma mudança nos hábitos.

As pessoas que conseguem parar de fumar, após 15 anos sem consumir um cigarro, deixam de fazer parte do grupo de risco e se igualam às pessoas não fumantes em relação à chance de ter uma doença coronariana.

Controlar a pressão

O controle da pressão arterial é fundamental para prevenir a doença coronariana. Um dos principais motivos está associado ao fato de que a alteração da pressão provoca mudanças no fluxo sanguíneo. Essa variação estressa os vasos, danifica suas estruturas e, consequentemente, favorece o desenvolvimento da doença coronariana.

A melhor maneira de controlar a pressão é obter a orientação médica do que fazer. O correto é consultar um cardiologista e verificar, junto com o médico, como está a pressão. Isso deve ser feito, ao menos, uma vez a cada ano.

O próximo passo é seguir todas as recomendações do especialista, cuidar para consumir alimentos com pouco sal, evitar o sedentarismo e a obesidade.

Reduzir o colesterol

O colesterol muito acima dos níveis recomendados favorece a formação de placas gordurosas que estreitam os vasos e podem impedir a circulação do sangue. Elas podem alojar-se nas artérias que nutrem o coração, por exemplo, e fazer com que o órgão pare de receber sangue e oxigênio.

A forma de impedir que isso aconteça é consumir com cautela alimentos de origem animal, principalmente carne, queijos, leite integral, manteiga e cremes. As pessoas que incluem na dieta óleos de oliva e canola estão, de certa forma, protegendo o organismo do colesterol alto.

Tratar o diabetes

O envelhecimento populacional e as modificações nos hábitos de vida estão entre as razões apontadas para o surgimento de um número maior de diabéticos entre a população mundial. Como o diabetes representa um grande risco para a saúde do coração, a probabilidade de as pessoas com índice glicêmico alto sofrerem com uma doença coronariana é maior.

Por este motivo, há a necessidade de fazer o controle sistemático e minucioso do diabetes com um endocrinologista. O especialista pode indicar todos os cuidados necessários para cuidar da saúde da melhor maneira, pois tratar o diabetes vai muito além do que simplesmente não ingerir alimentos que contenham açúcar.

Material escrito por:

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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