O ecocardiograma é um exame de imagem utilizado para saber se os batimentos cardíacos e fluxo sanguíneo estão normais e, também, para identificar problemas anatômicos e defeitos em válvulas cardíacas.
Ele funciona com o mesmo princípio da ultrassonografia: através de ondas sonoras que são refletidas sobre a região de interesse, é possível captar a reflexão em órgãos e tecidos para formar uma imagem. E, através dessa imagem do coração, o ecocardiograma pode identificar possíveis patologias cardíacas.
Neste artigo, a Dra. Maria Emília Lueneberg e o Dr. Maurício Laerte explicam a importância do ecocardiograma para a saúde do coração e porque ele é necessário desde a gestação.
Ecocardiograma na vida adulta
Analisando as informações do funcionamento do coração, o ecocardiograma pode identificar quadros de:
- insuficiência cardíaca;
- dissecção de aorta;
- pericardite;
- endocardite;
- arritmias;
- obstruções e
- danos causados pela hipertensão.
Questionada sobre as indicações do procedimento, a Dra. Maria Emília, Cardiologista da Unicardio, explica que, além de proporcionar informações sobre a fisiologia e anatomia do coração, o ecocardiograma ainda permite a verificação da resposta terapêutica a vários tratamentos medicamentosos, cirúrgicos e intervencionistas.
A cardiologista explica que, por mais que o procedimento seja simples, por não ser invasivo, ele precisa de um especialista muito bem-formado, pois é um procedimento totalmente operador-dependente. Ou seja, os resultados alcançados dependem do conhecimento do especialista que executa o exame.
O exame só é solicitado se o(a) paciente apresenta suspeita de alguma patologia cardíaca e pode ser feito em consultório, a beira do leito e, também, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, o exame pode ser realizado de formas distintas, como:
- ecocardiograma transtorácico: quando o exame é feito através do tórax;
- ecocardiograma transesofágico: que é feito através da passagem de uma sonda pelo esôfago;
- ecocardiograma sob estresse: feito antes e imediatamente depois de um evento estressor, que pode ser provocado por medicamento ou após a realização de atividade física na esteira ou bicicleta ergométrica;
- ecocardiograma fetal: feito para identificar patologias cardíacas no feto e pode ser feito através da barriga ou por procedimento endovaginal.
A Dra. Maria Emília ressalta que o exame e seus objetivos são os mesmos, o que muda são apenas as formas de realizá-lo.
Ecocardiograma na infância
Dadas as diferentes formas de realizar o ecocardiograma, é importante ressaltar que em fetos, crianças e adolescentes, o exame pode detectar patologias um pouco diferentes daquelas encontradas em adultos: as cardiopatias congênitas.
Essas cardiopatias são as que o(a) paciente possui desde seu nascimento e que podem ser identificadas desde seu estado fetal. O Dr. Maurício Laerte, Cardiologista Infantil da Unicardio, explica que na fase fetal, o procedimento é muito importante porque em muitos casos é o que pode garantir a sobrevida do bebê.
“Em vários países, o número de pessoas que foram operadas do coração por defeitos congênitos já é maior do que aqueles que estão esperando para serem operados pela primeira vez. Isso graças ao desenvolvimento da cirurgia cardíaca, do tratamento intervencionista, que permitiu a sobrevida dessas pessoas que no início não sobreviviam.” Explica o cardiologista pediátrico.
A identificação de cardiopatias congênitas intraútero é o que permite que recém-nascidos tenham atendimento adequado no momento do parto e já passem pelos procedimentos cirúrgicos (se necessário) que podem salvar suas vidas.
O procedimento durante a infância e a adolescência se faz importante para identificar se o(a) paciente pode desenvolver alguma outra cardiopatia. O diagnóstico precoce, através do ecocardiograma, é o que ajuda a garantir a chance de sobrevivência desses pacientes com cardiopatias congênitas.
A Dra. Maria Emília, ainda ressalta que, como o procedimento não contém radiação ionizante, pode ser realizado durante a vida inteira do(a) paciente para identificar as cardiopatias e sempre que houver modificação de sintoma.
Saúde do coração durante a pandemia do Coronavírus
Nos últimos meses, muitos pacientes têm evitado procurar atendimento médico por medo de ser infectado pelo Sars-Cov-2 (vírus responsável pela Covid-19). Mas, mesmo durante este momento de pandemia, as doenças cardíacas ainda são o que mais matam no mundo inteiro. Por isso, os especialistas ressaltam a importância de não parar seus tratamentos.
Aqueles pacientes que não têm qualquer sintoma de doença cardíaca e quer apenas realizar um check-up pode esperar o momento passar para realizar seus exames. Mas pacientes que têm sintomas cardíacos ou estão em meio a um tratamento não devem suspendê-lo sem antes consultar um(a) médico.
Além de manter suas consultas, os cardiologistas recomendam que os pacientes cardíacos mantenham sua medicação em dia, tenham uma alimentação saudável e pratiquem atividade física regular de acordo com o recomendado pelo(a) médico(a).
A Unicardio tomou todas as medidas preventivas para garantir que seus pacientes possam realizar suas consultas e procedimentos de forma segura. E, atualmente, tem realizado consultas via telemedicina (videoconferência) para que pacientes em situação de risco ou muito idosos não precisem ir até a clínica. Você pode consultar a disponibilidade dessa consulta para o seu caso entrando em contato com a Unicardio.
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