O teste ergométrico é um procedimento de esforço físico programado e individualizado. Submeter um paciente ao teste ergométrico é uma das maneiras de diagnosticar a existência de doenças cardiovasculares. Além disso, ele é útil na determinação do prognóstico, na avaliação da resposta terapêutica e da tolerância ao esforço.
O teste ergométrico avalia: eletrocardiograma, pressão arterial e a frequência cardíaca durante o esforço físico do paciente.
Algumas avaliações possíveis com o TE:
- detectar isquemia miocárdica (em outras palavras, redução da oxigenação do músculo cardíaco);
- reconhecer arritmias cardíacas e distúrbios hemodinâmicos induzidos pelo esforço;
- avaliar a capacidade funcional e a condição aeróbica;
- prescrever exercício;
- avaliar objetivamente os resultados de intervenções terapêuticas;
- demonstrar ao paciente e aos seus familiares as suas reais condições físicas;
- fornecer dados para perícia médica.
Como ele é feito?
Antes do exame, são colocados no paciente os eletrodos – similares ao eletrocardiograma – e o esfigmomanômetro – aparelho de medição de pressão arterial. O paciente utiliza esses aparelhos durante todo o teste.
O exame começa pelo nível leve, de caminhada. Aos poucos, a velocidade vai aumentando até chegar em nível de corrida. Quando o paciente chega em seu esforço máximo, o teste é finalizado e passa para a etapa de recuperação.
Na recuperação, o ideal é ser, no mínimo, 3 minutos. No primeiro minuto, o paciente faz a chamada recuperação ativa – uma caminhada leve – e, nos minutos seguintes, a recuperação passiva, com a esteira imóvel. Mesmo durante a recuperação, o paciente continua sendo monitorado, pois podem existir alterações tardias no eletrocardiograma e pressão arterial.
Existem vários protocolos para esse teste, dependendo das comorbidades do paciente, por exemplo: se for um atleta ou um idoso, temos a opção de escolher o que melhor atende essa população e, a partir daí, comparamos as variáveis obtidas para saber se estão normais ou não.
Quando o teste ergométrico é indicado?
- Avaliar dor torácica: buscar se a dor é de origem cardíaca, ou seja, se é consequência de isquemia no músculo cardíaco.
- Investigação de arritmia: avaliar se é induzida ou suprimida pelo esforço.
- Durante o tratamento da hipertensão: para ver como se comporta a pressão arterial do paciente durante o esforço.
Contraindicações para o Teste Ergométrico:
Pacientes com restrição de mobilidade;
Paciente com infecção aguda em vias áreas superiores, pois pode reduzir a capacidade de exercício;
Pacientes recém-operados;
Enfermidade aguda, febril ou grave;
Limitação física ou psicológica;
Intoxicação medicamentosa;
Entre outras contraindicações médicas avaliadas pelo médico assistente do paciente.
Para realizar o teste ergométrico, não é necessário o jejum. Pelo contrário, o paciente precisa se alimentar normalmente e não precisa interromper nenhuma medicação, salvo se a interrupção foi solicitada pelo médico assistente. Além disso, precisa utilizar roupas adequadas para a prática de atividade física, principalmente tênis apropriado, visando evitar acidentes durante o exame.
Em prol da segurança do paciente, o teste ergométrico só pode ser solicitado, realizado e analisado por um profissional médico.
Caso tenha mais alguma dúvida, fique à vontade para agendar uma consulta com nossa equipe de Cardiologistas.