Muito açúcar no sangue: é assim que a diabetes costuma ser conhecida popularmente. Mas você conhece os tipos de diabetes e todos os detalhes dessa doença?

Isso é importante, visto que o Ministério da Saúde estima que, atualmente, existam cerca de 16,8 milhões de brasileiros adultos diabéticos. Para 2030, a expectativa é que esse número chegue a 21,5 milhões. Por isso, alguns estudiosos já mencionam uma “epidemia de diabetes”.

Por que esse cenário é tão preocupante? O motivo está no fato de que, quando não controlada, a diabetes pode promover graves danos à saúde. Não importa qual seja a forma da doença, o paciente precisa se cuidar bem.

Então, preparamos este material para explicar sobre os tipos de diabetes, sintomas, maneiras de prevenção e cuidados essenciais. Confira!

O que é a diabetes?

Diabetes é uma doença que leva ao aumento da glicemia, ou seja, a quantidade de açúcar no sangue. Ela é decorrente da falta de insulina no corpo ou da dificuldade da mesma em agir, o que chamamos de resistência.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, um órgão que fica no abdômen. Dessa forma, a substância age levando as moléculas de glicose do sangue para dentro das células, a fim de transformá-las em energia e, consequentemente, contribuir com o funcionamento do organismo. Todavia, quando a diabetes está presente, esses processos ficam comprometidos e surgem alguns sintomas.

Os sintomas mais comuns da diabetes são:

• muita sede e fome;

• sensação de estar sempre com a boca seca;

• perda de peso sem motivo;

• cansaço;

• náuseas e vômitos;

• formigamento nos pés;

• visão turva;

• vontade de urinar várias vezes ao dia.

Vale ressaltar que nem todos os pacientes sofrem com esses incômodos. Por isso, a diabetes também pode ser uma “doença silenciosa”. Então, o melhor é fazer exames de check-up com regularidade, pelo menos uma vez ao ano, para ficar de olho nas taxas de glicose no sangue.

Os tipos de diabetes

Em geral, existem três tipos de diabetes, cada um com suas características e maneiras de surgimento. Veja as explicações:

Diabetes tipo 1

Essa forma de diabetes é uma doença autoimune, quando o sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem a insulina. Na maioria das vezes, o diagnóstico já é feito na infância ou adolescência.

Com isso, quem tem diabetes tipo 1 não produz o hormônio e precisa repô-lo por meio de injeções, além do uso de outros medicamentos.

Diabetes tipo 2

É a forma mais comum da diabetes e costuma surgir em uma fase mais tardia da vida, como após os 40 anos, pois está relacionada aos hábitos ruins. O acúmulo deles promove uma resistência à insulina. O pâncreas produz o hormônio, mas pela alta ingestão de glicose, a substância não consegue trabalhar corretamente, levando as moléculas para as células.

Porém, quais são esses hábitos maléficos? Os exemplos mais básicos: má alimentação, rica em carboidratos refinados e doces; e sedentarismo. Esses dois aspectos também podem levar à obesidade ou sobrepeso, outros fatores de risco. Além disso, também pode existir um aspecto hereditário no aparecimento do problema.

Diabetes gestacional

Também existe um tipo de diabetes que afeta as mulheres grávidas. Ele está associado aos hormônios produzidos pela placenta, que impactam no funcionamento da insulina.

Quando não tratada, a forma gestacional pode levar ao crescimento excessivo do bebê, hipoglicemia após o nascimento (baixa quantidade de glicose no sangue) e alto risco de obesidade e diabetes na vida adulta. Geralmente, com o controle correto durante a gestação, a doença desaparece após o parto.

Como diagnosticar?

Com simples amostras de sangue, é possível diagnosticar a diabetes. No caso da situação chamada de “pré-diabetes”, ou seja, uma fase anterior da doença estar completamente instalada, o médico analisa se a glicemia, em jejum, está entre 100 mg/dl e 126 mg/dl. Nessa etapa, ainda é possível reverter o problema com as mudanças de hábitos que já citamos.

Outra forma de diagnóstico é com o exame chamado de “hemoglobina glicada”, que consiste na média da glicose no sangue dos últimos 3 meses. Caso o resultado seja acima de 6.5, a diabetes é identificada.

Existe também a opção do teste de sobrecarga oral de glicose, que serve, principalmente, para fazer o diagnóstico diferencial entre pré-diabetes e diabetes. Ele é feito no laboratório, onde o paciente coleta o sangue em jejum, ingere um líquido doce e, duas horas depois, coleta sangue novamente.

Caso a glicemia, após essas horas, estiver maior ou igual a 200 dg/ml, a doença está presente. Quando o índice for maior ou igual a 140 dg/ml e menor que 200 dg/ml, é diagnosticada a pré-diabetes.

A importância de controlar os vários tipos de diabetes

Não importa qual seja o tipo de diabetes, é fundamental manter essa doença sob controle! O alto nível de glicose no sangue deixa as paredes dos vasos sanguíneos mais rígidas, o que aumenta o risco de infarto do miocárdio (interrupção do fluxo de sangue para o coração) e acidente vascular cerebral (rompimento ou deformidade em uma veia do cérebro).

Além disso, também existe o perigo de insuficiência renal, quando os rins param de funcionar adequadamente, e até cegueira. Pacientes diabéticos ainda possuem maior dificuldade para cicatrizar qualquer pequeno machucado. Portanto, caso você tenha sido diagnosticado com diabetes, siga todas as recomendações do seu médico, desde o uso de medicamentos até as mudanças de vida.

Leia também: Como o diabetes afeta o coração?

Alguns cuidados básicos

Confira essa lista de condutas que ajudarão a se cuidar:

1. praticar exercícios físicos regularmente;

2. cuidar da alimentação: não comer alimentos com açúcar (nenhum tipo de açúcar, seja o branco, mascavo, demerara, mel e melado);

3. dar preferência aos carboidratos integrais;

4. evitar alimentos com farinhas brancas;

5. ter atenção aos sucos, mesmo os naturais sem açúcar. Laranja, uva e manga – por exemplo – são frutas que contém muito açúcar da própria fruta.

6. Tomar as medicações corretamente.

Tem alguma dúvida sobre os tipos de diabetes?

Depois de conhecer os tipos de diabetes e outras informações importantes sobre essa doença, você ficou com alguma dúvida? Os especialistas da Unicardio estão à disposição para te ajudar. Entre em contato conosco pelo WhatsApp. Estamos a sua espera!