Se você já foi ao cardiologista pode ter ouvido o especialista falar em bloqueio atrioventricular. Esse é um bloqueio cardíaco, identificado pelo eletrocardiograma, que deve ser investigado pelo especialista.
“O bloqueio atrioventricular é um alentecimento que acontece dentro do coração, na parte elétrica, que comunica a parte de cima, o átrio, com a parte de baixo, o ventrículo”, esclarece o Dr. Alexander Dal Forno (CRM/SC 13143 RQE 18814/9707), cardiologista da Unicardio.
O cardiologista acrescenta que “existem 3 tipos diferentes de bloqueio atrioventricular: o de 1º grau, o de 2º grau e o de 3º grau. Esses bloqueios mudam de acordo com o avanço da doença e com a sua gravidade.”
A gravidade é classificada pelos graus da doença: “Um bloqueio de 3º grau é mais grave que um bloqueio de 2º grau que, por sua vez, é mais grave que o bloqueio de 1º grau, que é completamente benigno”, explica o Dr. Alexander.
Os graus do bloqueio atrioventricular
O bloqueio cardíaco pode ser congênito, quando o paciente já o detém desde o nascimento, ou pode, também ser adquirido, sendo desenvolvido ao longo da vida.
Há três diferentes graus de bloqueio atrioventricular. O primeiro grau é o mais leve. Tanto o bloqueio cardíaco congênito quanto o adquirido podem ser classificados dessa maneira.
O bloqueio atrioventricular de segundo grau é classificado como intermediário e necessita de tratamento. Condiz com um problema no sistema de condução elétrica do coração, por meio de um bloqueio de condução entre os átrios e ventrículos.
Já o bloqueio atrioventricular de terceiro grau é o de maior gravidade. Nesse caso, produz-se uma interrupção da condução atrioventricular, o que leva a uma desconexão elétrica entre os átrios e ventrículos.
O que acontece no bloqueio atrioventricular de grau um
No bloqueio atrioventricular de primeiro grau, há um retardamento dos sinais elétricos do coração para o trajeto dos átrios (câmara superior do coração) até os ventrículos (câmara inferior do coração). Nesse grau, o bloqueio não causa qualquer sintoma e também não necessita de nenhum tipo de tratamento.
Geralmente, o bloqueio atrioventricular de primeiro grau não tem causas específicas. A probabilidade é de que haja um problema na condução do impulso elétrico, que vem do nó sinusal e vai até o nó atrioventricular. Assim, o que acontece é uma lentidão da passagem do estímulo elétrico, observado num trajeto de estimulação cardíaca normal.
Consulte um cardiologista regularmente
É importante saber que o bloqueio atrioventricular não manifesta nenhum sintoma. Da mesma forma, não existem maneiras práticas de preveni-lo, já que o mesmo ocorre espontaneamente.
“O tratamento depende muito do tipo do bloqueio e o nível de bloqueio. Por isso, o ideal é consultar-se com um cardiologista, para verificar o tipo de bloqueio e se há necessidade de colocar um marca passo para corrigir o bloqueio atrioventricular”, exemplifica o Dr. Alexander.
A importância do eletrocardiograma
O eletrocardiograma é um exame que detecta a atividade elétrica do coração, localizando possíveis problemas e doenças cardíacas. Os sinais elétricos levam à contração do músculo cardíaco, na medida em que percorrem o coração. O exame analisa a velocidade das batidas do coração, além de registrar a força e o ritmo dos sinais elétricos.
É importante realizar o exame sempre que solicitado pelo cardiologista, para verificar os problemas cardíacos que alteram a assinatura elétrica do órgão. No eletrocardiograma, analisa-se, por exemplo, as chances de uma pessoa ter:
- um ataque do coração;
- batimentos irregulares;
- ausência de fluxo sanguíneo no músculo cardíaco;
- pouca força para o bombeamento do coração.
Por meio dos registros do eletrocardiograma, o médico diagnostica doenças cardiovasculares que pode já ter ocorrido ou serem detectadas no momento em que estão acontecendo. Os registros do exame também podem demonstrar a qualidade do músculo cardíaco e partes do coração, problemas cardíacos congênitos ou doença nas válvulas do órgão.
O exame é indolor e não afeta a saúde do coração. Os eletrodos são fixados na pele do tórax braços e pernas. O paciente permanece deitado e parado para detectar os primeiros sinais elétricos do coração. Com duração de aproximados dez minutos, o exame registra, em uma tela ou no papel gráfico, os sinais obtidos na verificação.
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