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O que acontece se comer muito sal?

Já é bastante conhecido o fato de que consumir uma alta quantidade de sódio (elemento que compõe o sal) não faz bem à saúde. Porém, o que acontece realmente com o organismo se comer muito sal?

A informação que a maioria da população possui é a de que esse mineral eleva a pressão arterial. Contudo, será que esse é o único motivo para restringir a substância em nossas refeições?

Vamos explicar sobre esse assunto neste material. Acompanhe a leitura e descubra!

Comer muito sal prejudica vários aspectos da saúde

A hipertensão, como falamos anteriormente, é um dos perigos que podem aparecer quando ingerimos sódio exageradamente. No entanto, os malefícios vão além.

Um deles é como o sal contribui para a retenção de líquidos, associado à vasoconstrição das veias e artérias (que ficam mais estreitas). Assim, há riscos de vários problemas cardiovasculares, como o infarto do miocárdio (interrupção do fluxo de sangue para o coração) e acidente vascular cerebral (o AVC, quando ocorre um rompimento ou torção de um vaso sanguíneo no cérebro).

Os rins também sofrem quando o sal está em excesso na rotina alimentar, uma vez que esses órgãos enfrentam dificuldade em filtrar o sódio do organismo. Dessa forma, a substância fica altamente concentrada no nosso corpo, podendo gerar os cálculos, que são as famosas “pedras nos rins”.

Todavia, algo ainda mais grave pode aparecer: a insuficiência renal, quando essas estruturas já não conseguem mais funcionar adequadamente. É por isso que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de sal não ultrapasse 5g, o correspondente a 2g de sódio nos rótulos dos alimentos.

Os sinais de alerta

O corpo mostra sinais quando comemos muito sal. Os mais comuns são os seguintes:

  • inchaço nas pernas, mãos e tornozelos;
  • falta de ar;
  • fadiga;
  • dores ao caminhar;
  • retenção urinária.

Esses são alguns indícios de problemas cardiovasculares. Contudo, a hipertensão, por exemplo, nem sempre apresenta sintomas. O mesmo pode acontecer com a insuficiência renal.

Portanto, é essencial manter check-ups médicos periódicos, inclusive com o cardiologista. O especialista é indispensável para detectar a causa de qualquer alteração no organismo, assim como ajudar na prevenção.

Comer muito sal não é só acrescentá-lo nas refeições

Você acha que para não comer muito sal basta não acrescentar esse tempero na sua refeição? Infelizmente, não é tão simples assim.

Muitos alimentos que consumimos diariamente, principalmente os processados, são ricos em sódio. Por isso, é importante evitar os produtos embutidos, enlatados, refeições congeladas (industrializadas) e carnes ultraprocessadas, por exemplo.

Olhe sempre os rótulos quando você for às compras e também converse com o seu cardiologista e nutricionista para receber mais dicas de como melhorar a alimentação, de acordo com as necessidades específicas da sua saúde.

Outros temperos que você pode utilizar

As suas refeições não precisam ser “sem graça”. Existem vários outros temperos melhores para a saúde do que o sal. Veja alguns deles:

  • alecrim: facilita a digestão e contribui com a circulação sanguínea;
  • salsinha: alivia os sintomas de bronquite e asma;
  • alho: está relacionado à prevenção do câncer de estômago e fortalece o sistema imunológico;
  • orégano: ótimo para o tratamento de gripes e resfriados;
  • coentro: controla a ansiedade e o apetite;
  • gengibre: trata enjoos e ajuda a prevenir doenças cardiovasculares.

Percebeu como as opções são variadas? Então, não tem desculpa para deixar o sal um pouco de lado e investir mais nesses outros condimentos.

Leia também: Hábitos saudáveis e simples de aplicar no dia a dia

Não comer muito sal deve ser uma atividade diária

Esse tempero está tão presente no nosso dia a dia que precisamos criar a disciplina para lembrar de não comer muito sal. Para isso, uma dica é tirar o saleiro da mesa ou guardá-lo na despensa, deixando as outras opções mais acessíveis.

Você irá colocar essas orientações em prática? Caso tenha ficado com alguma dúvida, venha conversar com os nossos especialistas. Nos da Unicardio queremos ajudar você a ter uma vida mais saudável!

Material escrito por:

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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