Uma sensação de pressão no peito e falta de ar: esses são os principais sintomas da síndrome coronária aguda, uma condição que envolve diversos aspectos, mas que todos se relacionam com o fluxo inadequado de sangue para o coração.
O perigo é grande, principalmente quando acontece na forma de infarto agudo do miocárdio. Isto é, quando a interrupção do sangue para os tecidos cardíacos. Uma situação que, quando não é obtida uma assistência médica de forma rápida, pode levar o paciente ao óbito.
Porém, existem formas de evitar essa síndrome e até condutas para prevenir consequências graves, como a mencionada acima. Então, confira esse guia que criamos para entender tudo sobre o problema e não deixar de procurar ajuda profissional quando for necessário.
O que causa a síndrome coronária aguda?
A síndrome coronária aguda é ocasionada pela obstrução das artérias. Geralmente, isso ocorre pela inflamação do endotélio – o tecido interno das veias e artérias – e a formação de placas de gordura, assim pode ocorrer formação de trombo gerando interrupção do fluxo de sangue.
Agora, você deve estar se perguntando o que gera o aparecimento dessas placas de gordura. Não tem muito segredo: são os hábitos ruins de saúde, como alimentação rica em alimentos gordurosos, açucarados e ultraprocessados; o sedentarismo; e o tabagismo (a nicotina estreita os vasos sanguíneos), por exemplo.
Então, quando o paciente já possui quadros de colesterol alto, hipertensão, diabetes e obesidade, além de histórico de doenças cardíacas, seja consigo ou na família, é preciso ter ainda mais atenção.
O infarto do miocárdio
Como já citamos, o infarto do miocárdio, também chamado popularmente de “ataque cardíaco”, é o quadro mais grave da síndrome coronária aguda. Nele, o fluxo de sangue que deveria chegar ao coração é interrompido. Dessa maneira, os tecidos do órgão sofrem uma necrose, ou seja, deixam de funcionar.
Trata-se de uma condição que é uma emergência médica. O paciente necessita de atendimento imediato, a fim de amenizar os danos dessa necrose.
Angina
A angina é a outra causa comum da síndrome coronária aguda. Ao contrário do infarto, nela não há interrupção completa do fluxo de sangue, mas uma diminuição dele, o que também gera a redução do envio de oxigênio e nutrientes ao coração.
Os sintomas da síndrome coronariana aguda
É fundamental ter atenção aos sintomas uma artéria obstruída pode causar, e que, consequentemente, pode gerar os dois riscos que explicamos acima. Então, confira:
- dor no peito, com uma sensação de pressão;
- a dor se irradia para os braços, ombros e mandíbula;
- em alguns pacientes, o incômodo pode parecer ser algo no estômago;
- náuseas e vômitos;
- suor excessivo (o popular “suar frio”);
- falta de ar;
- batimentos cardíacos acelerados;
- sensação de pânico.
Como é feito o diagnóstico?
Com o relato dos sintomas e o exame físico feito no consultório, o médico cardiologista já possui um norte de qual é o problema. A partir disso, pode pedir um eletrocardiograma, radiografia de tórax e outros testes laboratoriais ou de imagem.
Tudo isso para verificar se há alguma obstrução na artéria e falhas no fluxo de sangue para o coração.
Não há segredos para a prevenção
Você já sabe o que causa a síndrome coronária aguda. Portanto, não existem muitos segredos sobre como prevenir a situação. É preciso ter bons hábitos de vida!
Alimente-se bem; pratique atividades físicas; evite o estresse; controle outras comorbidades, como hipertensão e diabetes; não fume; e mantenha-se no peso ideal.
É imprescindível ainda realizar check-ups cardiológicos regulares, com o objetivo de diagnosticar precocemente caso alguma placa de gordura comece a obstruir uma artéria. Assim, é possível evitar o avanço do quadro e tratá-lo.
Como são os tratamentos da síndrome coronária aguda?
O tratamento consiste em um procedimento chamado de “angioplastia coronária”. É um procedimento minimamente invasivo, em que o médico insere um cateter flexível na artéria femoral (localizada na perna) ou radial ( do braço) até ele chegar na coronária bloqueada. Ao atingir esse local, implanta-se um um stent (um tubo metálico) que deixa o vaso “aberto” para a passagem de sangue.
Também podem ser utilizados medicamentos que rompem os trombos formados e impedem uma nova coagulação.
Vivemos uma epidemia de doenças cardiovasculares. Vamos mudar esse cenário?
Doenças cardiovasculares são as principais causas de perdas de vida no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), possui o site “Cardiômetro”, que registra os óbitos por esses fatores. Somente no primeiro semestre de 2022, foram mais de 160 mil brasileiros vítimas de doenças cardiovasculares.
Podemos mudar esse cenário! A principal forma é combater a síndrome coronária aguda, como explicamos neste texto. Porém, caso tenha restado alguma dúvida acerca do assunto, venha conversar com nossos especialistas.
Também não deixe para depois o seu check-up com o cardiologista. Você pode marcar uma consulta pelo nosso site.