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Você já ouviu falar em síndrome metabólica?

Muitas das doenças cardíacas que uma pessoa pode desenvolver estão relacionadas à síndrome metabólica. Ela também é fator de risco para o surgimento de acidente vascular cerebral e diabetes.

No organismo de um(a) portador(a) da síndrome, há resistência à ação da insulina, ou seja, o hormônio, essencial para a transformação da glicose em energia pelas células, tem a ação reduzida. Como consequência, o pâncreas precisa aumentar a produção da substância, o que eleva o nível do hormônio no sangue.

A resistência à insulina é causada tanto por fatores genéticos quanto pelos adquiridos ao longo da vida, como excesso de peso. O sedentarismo também favorece o desenvolvimento da síndrome.

Dificilmente é possível saber, por meio dos sintomas, que o corpo está precisando lutar para manter os níveis de glicose dentro do esperado a partir da maior produção de insulina. A síndrome metabólica não apresenta qualquer sinal que torne possível reconhecê-la externamente e que torne necessária a busca de ajuda médica para a identificação do problema. Somente a realização de check-ups com a periodicidade recomendada é que torna possível cuidar da saúde e detectar a resistência à insulina antes que uma complicação maior surja.

Fatores de risco para a síndrome metabólica

Geralmente, é a associação de três fatores de risco ou mais que caracterizam a existência da síndrome metabólica. Ainda mais nos casos em que a pessoa:

  • possui mais gordura abdominal que a recomendada: em homens, o excesso de gordura é determinado pela circunferência abdominal maior do que 102 centímetros. Em mulheres, quando possuem mais de 88 centímetros.
  • Colesterol HDL baixo: o colesterol HDL é o colesterol considerado bom. Abaixo de 40 miligramas por decilitro (mg/dl) e de 50mg/dl, em homens e em mulheres, respectivamente, significa que há possibilidade de haver síndrome metabólica.
  • Elevado nível de gordura no sangue: a quantidade de gordura no sangue é medida pela verificação dos triglicerídeos. Tanto homens quanto mulheres com índice acima de 150 mg/dl, que apresentam os dois fatores de risco citados anteriormente ou os que seguem abaixo, estão propensos a ser diagnosticados com síndrome metabólica.
  • Pressão alta: o ideal é que uma pessoa esteja com a pressão 12/8. Qualquer pequena elevação, como 13/8, já pode significar a existência da síndrome, considerando a associação a outros dois fatores ou mais.
  • Glicose aumentada: a taxa ideal de glicose no sangue é de cerca de 110 mg/dl. Uma pessoa que contenha um índice maior do que esse, pressão alta e colesterol HDL baixo, por exemplo, tem chance de ser diagnosticada com a síndrome metabólica.

Quem não tem o hábito de praticar um exercício físico precisa prestar maior atenção à saúde. Conforme a idade avança, aumenta a possibilidade de a síndrome afetar o organismo.

Material escrito por:

Harry Correa Filho

Cardiologista

CRM/SC 4101 RQE 1132

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/Conclusão 1985)
  • Especialização em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis/SC (1986-1987)
  • Residência em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/1988-1989)
  • Especialização em Gestão e Saúde Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL/2004-2005)
  • Diretor do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (Gestão 2003-2008)
  • Professor de Cardiologia na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
  • Coordenador de diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2012-2013)
  • Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY
  • Diretor do FUNCOR – Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016-2017)(SOCESC)
  • Diretor de cominucação SBC nacional (20220- 2021)
  • Membro da comissão nacional de titulo de especialista em cardiologia da SBC
  • Fellow da sociedade europeia de cardiologia (ESC) (Diretor da FUNCOR )

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