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Cortisol: saiba tudo sobre o hormônio do estresse

Tarefas do trabalho, demandas da casa, cuidados com os filhos, notícias ruins no jornal… Ufa! O que não faltam são motivos para nos deixar apreensivos, não é mesmo? Em meio a tudo isso, o nosso corpo produz o cortisol.

Ele é conhecido como “hormônio do estresse”, pois os níveis no organismo aumentam nesses momentos angustiantes e de ansiedade. Quando estão muito altos, ocorrem alguns problemas. Porém, quando estão escassos, nós também poderemos sofrer com determinadas consequências.

Portanto, como você já deve ter percebido, o cortisol é cheio de detalhes. Vamos te explicar tudo sobre essa substância e os cuidados que precisamos ter para mantê-lo equilibrado. Então, siga a leitura!

O que o cortisol faz?

Engana-se quem pensa que a única função do cortisol é demonstrar quando uma pessoa está estressada. O trabalho dele vai muito além!

Uma das tarefas é reduzir quadros de inflamação no nosso corpo, que podem aparecer pelo estilo de vida não tão saudável. Também contribui para controlar a pressão arterial, fazer com que o sistema imunológico funcione corretamente e até manter níveis adequados de açúcar no sangue.

Neste momento, você deve estar se perguntando: quem produz cortisol? Saiba que são as glândulas suprarrenais, que ficam acima dos nossos rins. Depois, o hormônio cai na corrente sanguínea para cumprir suas funções.

Alto ou baixo: o que acontece em cada situação

Como já mencionamos, o corpo sente quanto o cortisol está alto, mas também sofre com ele em quantidades baixas. Então, confira os sinais nas duas situações.

Cortisol alto

Com níveis elevados do hormônio, a pessoa pode perceber:

  1. perda de massa muscular e ganho de peso;
  2. maiores chances de desenvolver osteoporose;
  3. baixo crescimento;
  4. problemas de memória;
  5. diminuição de libido;
  6. menstruação irregular;
  7. dificuldade de aprendizagem;
  8. Pele oleosa e com acne.

Tudo isso pode desenvolver uma doença chamada “Síndrome de Cushing”, que é caracterizada pelo hipercortisolismo, ou seja, grandes quantidades de cortisol.

A hipertensão

hipertensão, o aumento da pressão arterial, é outro problema comum em quem está com níveis altos de cortisol no organismo. Isso deve acender o sinal de alerta!

Afinal, essa condição deixa os vasos sanguíneos mais rígidos e estreitos. Assim, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) há o aumento dos riscos de infarto do miocárdio (a interrupção do fluxo de sangue para o coração), acidente vascular cerebral (rompimento ou deformação de uma veia do cérebro) e insuficiência renal (quando os rins não funcionam adequadamente).

Cortisol baixo

Quando o cortisol está baixo, é comum sentir:

  1. cansaço extremo;
  2. fraqueza;
  3. depressão e
  4. forte desejo de comer doces.
  5. Pressão arterial baixa
  6. Pode ter escurecimento da pele, dependendo da causa de cortisol baixo

Como saber os níveis?

Basta um exame de sangue para verificar como estão os seus níveis de cortisol. Caso o resultado mostre alguma alteração, é importante consultar um médico endocrinologista, o responsável pelos cuidados hormonais. Na situação de quantidade elevada, necessita consultar um endocrinologista, para um diagnóstico correto da causa de elevação do cortisol, e assim poder fazer o tratamento adequado.

ATENÇÃO! Apesar do cortisol aumentar no estresse, o nível desse hormônio no sangue, não se solicita para “medir o estresse” de uma pessoa. Para redução do estresse, indicado prática de atividade física regular, alimentação saudável, boa qualidade de sono e hábitos saudáveis de vida. Para o cortisol baixo, pode ser necessário a reposição do hormônio por meio de medicamentos.

Você se estressa pela manhã?

Agora, uma curiosidade: os nossos níveis de cortisol são naturalmente mais elevados durante o período da manhã, sem a necessidade de nenhum acontecimento estressante. É como uma preparação do corpo para enfrentar as atividades do dia.

Com o passar do tempo e a chegada da noite, as quantidades da substância diminuem. Para você ter ideia, logo após acordar, a taxa é de cerca de 25 ug/dL. Já no final do dia, ela chega a somente 10 ug/dL.

Contudo, para as pessoas que trabalham em regime noturno, isso pode se inverter. Interessante, não é?

Como estão os seus níveis de cortisol?

Apostamos que, depois de ler esse material, você deve querer saber como estão os seus níveis de cortisol. Você está com algum dos sintomas que relatamos?

O melhor é procurar ajuda médica, a fim de solucionar as dúvidas e receber orientações específicas para você. Portanto, entre em contato com a nossa equipe para saber mais detalhes de como começar a se cuidar melhor. Você pode fazer isso pelo nosso site.

Material escrito por:

Ana Paula Gomes Cunha

Endocrinologista e Metabologista

CRM/SC 10157 RQE 7075

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/1996-2002)
  • Residência em Clínica Médica no Hospital Regional de São José – Dr. Homero de Miranda Gomes (HRSJ-HMG/2004-2005)
  • Residência em Endocrinologia e Metabologia no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC/2006-2007)
  • Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
  • Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), na qualidade de Secretária Executiva Adjunta (Gestão 2011-2012)
  • Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), na qualidade de tesoureira Adjunta (Gestão 2013-2014)
  • Membro da diretoria nacional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), de novos lideranças ( 2015-2016)

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