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O que é hipertrofia ventricular esquerda e como tratar?

Não é segredo para ninguém que o coração desempenha uma função essencial ao nosso corpo. Por isso, quando algo não vai bem nesse órgão, logo as consequências começam a aparecer. Uma dessas situações é a hipertrofia ventricular esquerda.

Trata-se de uma condição em que ocorre um aumento da espessura do músculo do ventrículo esquerdo. Essa é uma das partes mais importantes do coração, pois é a responsável por bombear o sangue para todo o corpo. Assim, o órgão precisa se esforçar mais para realizar o envio do fluxo.

A Hipertrofia Ventricular geralmente vem como uma complicações, porém pode ser uma doença própria do coração (miocardiopatia hipertrófica), geralmente genética, e preocupante pois pode causar arritmias e até morte.

Vale lembrar ainda que existe a hipertrofia fisiológica, que é algo natural. Essa situação acontece, por exemplo, com um exercício físico intenso. Portanto, é importante entender quando a situação pode acarretar um problema ou não. Vamos explicar todos os detalhes neste material. Confira!

O que causa a hipertrofia ventricular esquerda?

Já falamos que existe a versão fisiológica da hipertrofia ventricular esquerda, ou seja, a “normal”. Contudo, a preocupante é a patológica, que pode ser causada por fatores que exigem mais dessa parte do coração. São eles: hipertensão; estreitamento das válvulas cardíacas e da artéria aorta; e obesidade.

Essas condições fazem com que o sangue tenha que sofrer um maior impulso para chegar em todas as regiões do corpo. Por isso, o coração se adapta, gerando a hipertrofia, com o objetivo de bombear o líquido da forma mais adequada possível, mas com prejuízos a saúde do coração.

Atenção extra à hipertensão

A hipertensão é um mal que está cada vez mais presente na nossa sociedade. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 24,5% dos brasileiros sofrem com essa condição e a maioria delas nem sabe sofrer da doença, pois ela na maioria das vezes, não cauda sintomas. Ao aferir a pressão arterial, o paciente apresenta valores iguais ou maiores do que 14/9 mmHg.

A hipertensão gera um aumento do esforço do coração, além de torna os vasos sanguíneos mais resistentes e menos elásticos, o que, consequentemente, também afeta o ventrículo esquerdo. Como você pode perceber, essas duas condições estão interligadas e, dessa forma, a parte do coração já mencionada pode aumentar de tamanho, gerando a hipertrofia.

Portanto, pessoas hipertensas precisam estar ainda mais alertas acerca dessa cardiopatia e consultar periodicamente o cardiologista para prevenir ou tratar qualquer sequela resultante.

Os sintomas

Com todo o esforço extra para bombear o sangue, o ventrículo esquerdo costuma aumentar de tamanho, fica enfraquecido e perder a elasticidade. Isso impede que essa parte do coração se encha de sangue, que depois será distribuído para o organismo. Assim, o órgão fica sobrecarregado.

Dessa forma, o paciente pode sentir cansaço extremo; falta de ar; dor no peito; sensação de batimentos cardíacos acelerados; e até sofrer com desmaios.

O diagnóstico da hipertrofia ventricular esquerda

Primeiramente, o médico cardiologista irá analisar bem o relato dos sintomas do paciente. Depois, usará esses seguintes exames para fechar o diagnóstico da hipertrofia ventricular esquerda:

  1. exame físico completo (pode ser realizado no próprio consultório);
  2. eletrocardiograma;
  3. ecocardiograma.

Caso seja necessário, o especialista também pode solicitar mais testes, como a ultrassonografia, a fim de verificar precisamente todos os detalhes do funcionamento cardíaco, bem como MAPA 24H para checar a pressão arterial. Entre outros como TESTE DE ESFORÇO e HOLTER24

Qual o tratamento?

Existem dois principais tipos de tratamentos para a hipertrofia ventricular esquerda. A maneira mais conservadora é com o uso de medicamentos. No entanto, é mais importante descobrir a causa, para que o tratamento seja direcionado a ela .

Cuidado com as sequelas da hipertrofia

Quando não tratada adequadamente, a hipertrofia ventricular esquerda pode gerar sequelas graves ao sistema cardiovascular. Um exemplo é a insuficiência cardíaca, quando o coração não funciona adequadamente, com menor fluxo sanguíneo bombeado para o corpo.

Além disso, há o risco de arritmia, ou seja, mudanças patológicas do ritmo dos batimentos, e menor fornecimento de oxigênio para os demais órgãos.

A hipertrofia ventricular esquerda é complexa, mas é preciso conhecê-la

Doenças cardíacas são complexas e isso não é diferente com a hipertrofia ventricular esquerda. São várias as causas e detalhes que a envolvem. No entanto, é importante conhecer essa condição patológica que pode afetar os nossos corações.

Portanto, é importante ter o médico cardiologista como seu aliado para prevenir ou tratar situações como a hipertrofia.

Esperamos que esse material contribua para que você possa entender mais sobre o assunto. Porém, caso tenha restado alguma dúvida, entre em contato com os nossos especialistas.

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Material escrito por:

Rodrigo Palavro

Cardiologista

CRM/SC 12882 RQE 9919

  • Graduação em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau (FURB/Conclusão 2006)
  • Residência em Clínica Médica no Hospital Governador Celso Ramos de Florianópolis/SC (HGCR/2007-2008)
  • Residência Médica em Cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC/2009-2010)
  • Médico Cardiologista da Unidade Coronariana do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina
  • Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
  • Médico Cardiologista do Quadro de Oficiais Médicos da Força Aérea Brasileira (Oficial da reserva – R2)
  • Médico preceptor da residência médica em cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC)

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