Com a pandemia do Coronavírus que estamos vivendo, muitas dúvidas começaram a surgir em respeito aos grupos de risco. Diabéticos compõem um desses grupos, assim como pacientes hipertensos e cardiopatas, por exemplo. Mas será que eles correm mais risco do que outros pacientes?
Neste artigo, trazemos as principais questões discutidas na live com a Dra. Ana Paula Cunha. A endocrinologista da Clínica Unicardio explica como se cuidar durante a pandemia e qual a relação da diabetes com o coronavírus. Você, também, pode assistir à entrevista completa no Facebook ou no Youtube da Unicardio.
Pacientes diabéticos são mais vulneráveis ao coronavírus?
Esse é o maior questionamento atualmente. Os pacientes que compõem os grupos de risco são idosos, diabéticos, hipertensos, cardiopatas, e com insuficiência renal crônica ou respiratória crônica, mas isso não significa que eles apresentem um risco maior de infecção pelo SARS-Cov-2 (o vírus causador da Covid-19).
Todos estamos sujeitos à infecção por esse vírus, pois ainda não possuímos imunidade a ele. Mas o que pode acontecer é que a condição prévia desses pacientes pode gerar complicações no quadro de infecção da Covid-19.
Ou seja, a diabetes não deixa o(a) paciente mais vulnerável a ser infectado, mas pode sim agravar a infecção e levá-lo(a) até mesmo ao óbito.
Por provocar o aumento de glicose no sangue, a diabetes provoca uma alteração hormonal que diminui a imunidade do(a) paciente. Isso é causado porque há uma produção insuficiente de insulina pelo pâncreas ou porque a insulina tem dificuldade em agir (o que é conhecido como resistência à ação da insulina).
E é pela imunidade baixa do(a) paciente que seu quadro infeccioso da Covid-19 pode ser agravado.
Nem todo diabético faz parte do grupo de risco
A diabetes só é considerada um fator de risco quando ela está descompensada, ou seja, sem controle glicêmico. Mas pacientes com índices glicêmicos controlados não têm alteração da imunidade e têm o mesmo grau de risco que qualquer outra pessoa sem diabetes – desde que não apresentem comorbidades.
As comorbidades são duas ou mais doenças que acometem o(a) paciente e que têm relação entre si. Algumas comorbidades que estão associadas à diabetes são a hipertensão, o colesterol alto e a obesidade, por exemplo. E elas compõem um grupo de enfermidades chamado de síndrome metabólica que pode aumentar o risco de infartos e derrames.
Se essas comorbidades não estiverem sendo tratadas, o(a) paciente pode desenvolver um quadro mais grave de infecção pelo coronavírus.
Por isso, é muito importante que sua visita ao endocrinologista esteja associada a uma visita ao cardiologista, já que as comorbidades da diabetes estão associadas principalmente com o sistema cardiovascular.
Mantenha a diabetes controlada
Apenas um(a) médico(a) endocrinologista pode diagnosticar e indicar o tratamento adequado para a diabetes, mas há alguns hábitos de vida saudável que você pode adotar e que ajudam a controlar a doença. Veja alguns:
- evitar o consumo de quaisquer tipos de açúcares;
- não consumir mel e melado;
- preferir carboidratos integrais;
- consumir alimentos ricos em vitaminas A, C e do grupo B;
- consumir alimentos ricos em zinco e selênio e
- praticar exercícios físicos regulares.
Além disso, a atividade física é fundamental para pacientes diabéticos, pois ajuda a regular a glicemia e previne fatores como estresse e ansiedade que podem levar o(a) paciente às comorbidades da diabetes.
O estresse, por exemplo, aumenta a hipertensão que é um fator de risco da Covid-19; também aumenta a produção do hormônio cortisol que aumenta a glicemia e a ingestão de alimentos, causando então o sobrepeso e diabetes. Por isso, hábitos saudáveis são essenciais para a prevenção de diversos fatores de risco.
E não apenas pacientes com diabetes devem ter hábitos saudáveis, mas qualquer pessoa também deve colocá-los em prática para prevenir o surgimento de doenças.
Não interrompa seu tratamento
É muito importante salientar que pacientes que estão tratando sua diabetes, ou qualquer outra enfermidade, devem continuar seus tratamentos normalmente.
Neste momento, é muito comum que as pessoas tenham medo de ir até às clínicas para as consultas médicas e exames, mas isso é fundamental para proteger seu corpo e, consequentemente, evitar um possível quadro infeccioso grave pelo coronavírus.
Tão importante quanto continuar seus tratamentos é não se automedicar. Muito tem se discutido sobre medicações para o tratamento de coronavírus, mas ainda não há estudos que provem a eficácia desses tratamentos e os perigos da automedicação podem levar o(a) paciente a uma piora do seu quadro inicial.
Por isso, sempre consulte um(a) médico(a) para um diagnóstico completo e tratamento adequado.
Modernização na Unicardio visa normalidade nos atendimentos
Os pacientes que estão em meio a um tratamento de diabetes e qualquer outra doença endócrina ou cardiovascular podem continuar realizando suas consultas normalmente na Unicardio.
A clínica está preparada para atender a esses pacientes e seguindo todas as orientações da Organização Mundial da Saúde para manter um atendimento seguro e de qualidade. A clínica adotou ainda a telemedicina, atendimento online para os casos de pacientes que não precisam ir até o consultório médico.
A telemedicina permite que o(a) paciente possa ter uma consulta médica de alta qualidade dentro do conforto de sua própria casa. O serviço foi regulamentado e autorizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Ministério Saúde, e será oferecido enquanto durar a pandemia da Covid-19.
Os pacientes que buscam uma consulta preventiva ou querem agendar retorno com seu médico, podem agendar sua consulta normalmente através do telefone (48) 3031-2300, do WhatsApp ou pelo formulário do nosso site.
Mas vale lembrar que a Unicardio só está atendendo consultas de endocrinologia e, cardiologia. Se você apresenta sintomas de coronavírus busque atendimento do Alô Saúde Floripa no telefone 0800-333-3233 ou no telefone da Secretaria de Saúde da sua cidade.
Conheça a Unicardio através do nosso blog, Instagram e Facebook.
Assista à entrevista na íntegra: