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Marcapasso cardíaco: para que serve e quando é indicado?

Quando recebem a notícias de que precisam colocar um marcapasso cardíaco, algumas pessoas se sentem amedrontadas. Afinal, o coração é um órgão muito sensível e qualquer procedimento que o envolve gera medo.

Contudo, o marcapasso é uma tecnologia já consolidada e capaz de melhorar a qualidade de vida e a saúde de diversos pacientes. Além disso, ter informações de qualidade é essencial para quebrar tabus e amenizar receios.

Por isso, criamos esse artigo para te explicar tudo sobre o dispositivo. Acompanhe na leitura!

O que é o marcapasso cardíaco?

O marcapasso é um pequeno aparelho implantado perto do coração, com o objetivo de monitorar e controlar os batimentos cardíacos, principalmente quando eles estão mais lentos do que o normal.

Dessa forma, é possível garantir que o órgão irá bombear o sangue adequadamente, pois o equipamento identifica quando os batimentos estão irregulares ou muito fracos. Nessas situações, são emitidos impulsos elétricos, para dar uma ajudinha ao coração.

Existem três tipos de marcapasso cardíaco. São eles:

Definitivo: o mais conhecido pela população, que é o implantado no peito, por meio de um procedimento cirúrgico, com fios no átrio e no ventrículo do coração;

Transcutâneo ou transtorácico: é o utilizado em emergências médicas, com duas pás de eletrodos colocados no tórax do paciente e conectados a um desfibrilador, para que o coração volte a bater;

Transvenoso: também usado em emergências. É feita uma incisão em uma artéria e colocado um cabo-eletrodo até chegar ao coração.

As indicações

O marcapasso cardíaco é indicado para condições que alteram os batimentos do coração, como a bradicardia em que o ritmo fica irregular e lento.

As enfermidades que geram esse problema costumam ser:

  1. bloqueio atrioventricular;
  2. insuficiência cardíaca grave;
  3. doença do nó sinusal;
  4. doença cardíaca congênita.
  5. síncope neurocardiogênica;
  6. bloqueio bifascicular crônico;
  7. síndrome do seio carotídeo e
  8. cardiomiopatia hipertrófica.

A cirurgia de implante do marcapasso cardíaco

O procedimento de implante do marcapasso cardíaco costuma ser simples. Nela, o paciente pode ter anestesia geral ou local com sedação. Depois, o médico cardiologista intervencionista irá realizar uma pequena incisão no ombro, para atingir a veia subclávia.

Nesse vaso sanguíneo, é colocado um pequeno fio até chegar ao ventrículo direito do coração, onde é implantado o eletrodo. O outro lado é ligado a um gerador de impulsos elétricos, que ficará sob a pele do paciente.

Geralmente, é possível ter alta no dia seguinte. Porém, o recomendado é evitar atividades bruscas no primeiro mês após a cirurgia e manter os cuidados prescritos pelo médico.

As precauções ao viver com um marcapasso cardíaco

Por ser um dispositivo eletrônico, a pessoa que possui um marcapasso cardíaco precisa ter algumas precauções no dia a dia. Confira a lista das principais:

  • manter distância, de pelo menos 2 metros, de aparelhos micro-ondas e transformadores de energia;
  • avisar as equipes de segurança de aeroportos e bancos sobre o marcapasso, pois ele é identificado nos aparelhos detectores de metal Vale lembrar que o paciente recebe um documento para comprovar que possui o implante no corpo;
  • evitar atividades físicas intensas;
  • sempre avisar quando for prescrito exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, uma vez que eles podem interferir no funcionamento do eletrodo;
  • não usar o celular do mesmo lado do marcapasso;
  • manter aparelhos eletrônicos a cerca de 15 cm do corpo.

Em meio a esses cuidados, também não pode faltar a orientação de ingerir todos os medicamentos prescritos pelo cardiologista e manter o acompanhamento periódico.

O uso é para sempre?

Essa é uma pergunta bastante comum entre os pacientes. Então, saiba que, em alguns casos, o implante pode ser provisório, apenas para tratar uma condição transitória que afetou os batimentos do coração. No entanto, quando há alguma doença crônica, o marcapasso cardíaco será definitivo no corpo.

Será que preciso de um marcapasso cardíaco?

Caso você tenha alguma das enfermidades citadas anteriormente, deve estar se perguntando se precisa de um marcapasso cardíaco. No entanto, essa resposta só pode ser dada pelo cardiologista.

Em uma avaliação individual, o especialista determinará o diagnóstico preciso e, com você, irá traçar a melhor estratégia de cuidados, seja com o marcapasso ou não.

Tem alguma dúvida sobre o assunto? Entre em contato com nossa equipe. Nossos médicos cardiologistas também estão à disposição para fazer uma avaliação individual e cuidar bem de você. Marque uma consulta pelo nosso site.

Material escrito por:

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Alexander Romeno Janner Dal Forno

Cardiologista / Eletrofisiologista

CRM/SC 13143 RQE 18814/ 9707

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Maria/RS (UFSM)
  • Especialista em Cardiologia pelo Hospital São Lucas da Pontífice Universidade Católica de Porto Alegre (PUC POA/RS)
  • Especialista em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC/AMB)
  • Especialização em Eletrofisiologia Clínica Invasiva pelo Hospital São Lucas da Pontífice Universidade Católica de Porto Alegre (PUC POA/RS)
  • Especialista em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva pela Sociedade Brasileira de Arritmia Cardíaca (SOBRAC)

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