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Para que serve a reposição hormonal e quando fazer?

Os hormônios são as substâncias produzidas pelo nosso próprio corpo que atuam como mensageiros, tendo diversas funções no corpo. Mas, nem sempre elas atuam ou são produzidos como deveriam, o que exige tratamento. Para saber mais sobre essa situação, é preciso entender para que serve a reposição hormonal.

De forma básica, esse método pretende repor a quantidade faltante de hormônios, o que pode ser impactado por diversas doenças ou estados. Um dos exemplos mais comuns é a menopausa, período em que a mulher reduz significativamente o estrogênio, o que traz diversos efeitos para a sua saúde.

Engana-se quem pensa que apenas as mulheres podem precisar passar por essa terapia. Muitas enfermidades afetam os homens e reduzem o nível de testosterona no organismo. Dessa forma, entender para que serve a reposição hormonal é importante para todos. Continue lendo para saber mais e tire todas suas dúvidas sobre ela.

Para que serve a reposição hormonal?

Para entender para que serve a reposição hormonal, é importante saber mais sobre o que realmente é esse tratamento. Também chamada de terapia hormonal, ela tem como objetivo regular algum hormônio que está abaixo do que deveria, independente do motivo.

Apesar de existirem muitas opções disponíveis no mercado para auxiliar na cura ou controle de diversas doenças, as mais conhecidas e utilizadas estão relacionadas com os hormônios sexuais:

  • testosterona: produzido naturalmente por homens e por mulheres. Responsável pelos músculos, pela libido, pelo crescimento de pelos e muitas outras ações;

  • progesterona: produzida no colo do útero, é responsável por regular o ciclo menstrual da mulher e, consequentemente, está ligada com a fertilidade e

  • estrogênio: também relacionada com o ciclo menstrual, esse hormônio também atua protegendo o coração e mantendo o cérebro ativo.

Além desses três exemplos, também pode-se fazer a reposição das substâncias que a tireoide produz (T3, T4 e TSH), do hormônio responsável pelo crescimento (GH) e do hormônio que promove o início do sono (melatonina).

Normalmente, essa reposição é feita a partir de remédios orais, mas também há a possibilidade de ser por injeções, por adesivos, por implantes ou por cremes, dependendo da substância em deficiência.

Quando a reposição hormonal é necessária?

Agora que você já sabe para que serve a reposição hormonal deve estar se perguntando quando essa prática é realmente necessária. Esse tratamento é recomendado para os pacientes que apresentam deficiência de alguma substância a ponto de impactar a saúde.

Como já falado, um exemplo clássico é durante a menopausa, em que as mulheres podem fazer essa terapia para reduzir os riscos de desenvolver problemas cardiovasculares e os seus sintomas incômodos.

Vale ressaltar que assim como qualquer medicamento ou tratamento, a reposição hormonal pode trazer riscos para a saúde. Por isso, o médico sempre deve considerar se a quantidade de benefícios é maior que a de malefícios.

Sintomas que indicam problemas hormonais

Muitas vezes, as pessoas precisam realizar a reposição hormonal, mas não sabem disso. Isso se dá porque os sintomas podem ser leves e confundidos com outros problemas, como:

  • má digestão;

  • cansaço;

  • mudança no apetite;

  • perda ou ganho de peso sem motivo aparente;

  • alterações no humor;

  • ansiedade;

  • menstruação irregular, no caso das mulheres;

  • dificuldade para ter ou manter uma ereção, no caso dos homens;

  • mudança na libido e

  • acne.

Se você notar um ou mais de um desses sintomas, é indispensável consultar um endocrinologista para realizar exames e, caso necessário, iniciar o tratamento quanto antes.

Para que doenças é indicada?

A reposição hormonal é indicada para diversos problemas, como:

  • problemas na tireoide;

  • baixo crescimento infantil;

  • distúrbios da puberdade;

  • distúrbios sexuais;

  • menopausa e

  • andropausa.

Além dessas citadas, ainda existem outras condições que podem reduzir de forma pontual a produção hormonal.

Um exemplo é a obesidade, que diminui a testosterona nos homens e pode causar disfunção erétil, perda muscular e outras consequências para a saúde. Dessa forma, durante o tratamento, que envolve a mudança de hábitos, pode haver a terapia indicada.

O estresse, a má alimentação e outras condições psicológicas também podem ter impactos nos hormônios, por isso o mais recomendado é realizar check-ups regulares com um endocrinologista.

Reposição hormonal masculina x feminina: qual a diferença?

O termo reposição hormonal masculina é utilizado quando estamos falando sobre a terapia com testosterona, já a feminina se refere a de estrogênio ou progesterona. Dessa forma, a principal diferença entre elas está a substância utilizada e, consequentemente, os seus efeitos para a saúde.

Mas, apesar desses termos, nem sempre a terapia realizada nesses gêneros será com essas substâncias. As mulheres, por exemplo, podem usar pequenas doses de testosterona para aumentar a sua libido.

Ainda ficou com alguma dúvida sobre para que serve a reposição hormonal? Entre em contato conosco e fale com um especialista em endocrinologia.

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Material escrito por:

Dra.-Ana-Paula-Gomes-Cunha

Ana Paula Gomes Cunha

Endocrinologista e Metabologista

CRM/SC 10157 RQE 7075

  • Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/1996-2002)
  • Residência em Clínica Médica no Hospital Regional de São José – Dr. Homero de Miranda Gomes (HRSJ-HMG/2004-2005)
  • Residência em Endocrinologia e Metabologia no Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC/2006-2007)
  • Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
  • Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), na qualidade de Secretária Executiva Adjunta (Gestão 2011-2012)
  • Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), na qualidade de tesoureira Adjunta (Gestão 2013-2014)
  • Membro da diretoria nacional da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), de novos lideranças ( 2015-2016)

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